Conhecer a fundo todos os passos da cadeia produtiva, do processamento e da rastreabilidade da carne suína dos dois mais importantes países da Suinocultura Europeia. Este é o objetivo da missão técnica formada por quinze profissionais brasileiros, que visitará granjas, indústrias, empresas, cooperativas, centros de pesquisa, sistemas de identificação, mercados atacadistas, bolsas de comercialização e órgãos governamentais da Espanha e França, de 18 a 31 de maio. A Espanha produz atualmente quase 3,3 milhões de toneladas de carne suína e exporta nada menos do que 1,2 milhão de toneladas. Já a França tem uma produção que beira os 2 milhões de toneladas.
A missão faz parte das ações do Sebrae/MG e da Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG) no Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS). O grupo que viajará por cidades consideradas polo da suinocultura europeia como Llieida na Espanha e Rennes na França já tem encontro marcado com os embaixadores brasileiros na França, no dia 29, em Paris.
Para a coordenadora do PNDS, Lívia Machado, o objetivo da missão é que o aprendizado e troca de experiências para embasamento na montagem do novo plano de ações desses parceiros via PNDS seja ainda mais ousado. “As entidades trabalham desde 2010 no projeto superando metas e resultados propostos. O Sebrae Minas oportuniza essa missão para que os produtores e frigoríficos possam se tornar mais competitivos no mercado suinícola brasileiro”, comenta.
A comitiva é formada por representantes de polos da suinocultura mineira e instituições relacionadas aos PNDS, sendo: Sebrae/MG: Fernando Ataíde, Cláudio Gontijo e Marcos Alves; ASEMG: Sabrina Cardoso e Roberto Magnabosco; ASSUVAP e frigorífico Saudali: Fernando Soares e João Leite; ASTAP e SUINCO: Altair Olímpio e Guilherme Queiróz e ABCS: Marcelo Lopes, Fabiano Coser e Lívia Machado, além dos representantes João Fernando Nunes do Sebrae Nacional; Professor Josemar Xavier da Universidade de Brasília e Valdecir Folador da ACSURS.
“Serão realizadas visitas técnicas nas mais diversas áreas ligadas a suinocultura europeia, o que dará aos integrantes dessa missão a possibilidade de conhecer as tendências de mercado e casos de sucesso que possam ser replicados na cadeia suinícola como um todo” explicou Fernando Ataíde, analista do Sebrae/MG.
Catalunha na Espanha e Bretanha na França são regiões de maior concentração das atividades e palco de maior visitação. Mercado La Boqueria, Bolsa de Suínos da Catalunha (Mercolleida), Granja Escola OPP, Parque Tecnológico de Lleida, Frigorífico Guissona, Frigorífico Cooperl Arcatlantique (abate 22% suínos França), visita ao mercado atacadista internacional de Rungis, além de reuniões com: Uniporc Ouest, com os técnicos do Ministério da Agricultura, IFIP – Institut du Porc, Inaporc – French Interprofessional Pork Council também fazem parte do itinerário da comitiva.
Já a Uniporc Ouest, parte do roteiro, é uma associação sindical criada pela associação dos criadores de suínos que controla cerca de 87% da produção francesa fazendo a fiscalização da pesagem, avaliação da qualidade das carcaças e a rastreabilidade dentro dos abatedouros, inclusive atuando na calibração dos equipamentos. Já a Inaporc, segundo o diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, é uma instituição que congrega entidades de diversos elos da cadeia suinícola francesa como por exemplo associação de produtores, de frigoríficos, associação de empresas exportadoras, entre outras, que juntas lutam pela melhoria do setor.
“O ganho maior que esta missão trará a seus participantes é a absorção de informações, uma vez que percebendo in loco situações diferentes em termos de organização setorial fica mais fácil perceber que algo que parecia impossível pode ser perfeitamente colocado em prática” explanou Coser.
“Agradeço ao Sebrae Minas pela oportunidade de acrescentar novas experiências às nossas carreiras, o que será determinante para impulsionarmos ainda mais o PNDS no nosso estado, por meio do contato com outras produções, além do conhecimento de formas de comercialização, que terão futuras aplicações na nossa Bolsa de Suínos, o que fortalecerá nosso setor regional” disse Roberto Magnabosco, representante da Asemg.