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Mercado Interno

Dez toneladas de carne suína são distribuídas para crianças capixabas

Merenda escolar de Cachoeiro do Itapemirim (ES) recebe 10 toneladas de carne suína. Mais uma conquista da suinocultura capixaba em prol do produto.

Dez toneladas de carne suína são distribuídas para crianças capixabas

Após oito meses de sensibilizações o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), em parceria com a Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases), a prefeitura de Cachoeiro do Itapemirim/ES e o Sebrae/ES  conseguiram que fossem incluídas 10 toneladas de carne suína na merenda escolar da região. A decisão foi tomada após teste de aceitabilidade realizado em outubro de 2011, quando 98% dos estudantes da Escola Municipal de Educação Básica Jácomo Silotti, na região sul do Espírito Santo aprovaram a inclusão da carne suína no cardápio escolar do município.

A nova conquista da suinocultura incentiva o crescimento do setor e beneficia as 23 mil crianças das 92 escolas da região, que terão em seu prato uma proteína saudável e saborosa.  Antes da atuação das entidades junto à prefeitura do município, a carne suína não fazia parte do cardápio das escolas, que continha apenas carne de aves e bovina.

Para Nélio Hand, secretário executivo da ASES, a vitória se deve a um trabalho intenso da associação para desenvolver a carne suína no estado. “Colocar a carne suína pelo menos uma vez na semana concretizará um trabalho desenvolvido pela a associação junto ao Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), que incentiva o consumo da carne suína e demostra de forma prática os seus benefícios à saúde humana”, comenta.

A conquista mostra que o mercado que está relacionado às compras públicas é possível de ser acessado pelo setor suinícola. No entanto, uma correta condução do processo, desde a aplicação dos testes de aceitabilidade até mecanismos plausíveis de serem atendidos pela indústria/produtor, no que se refere às licitações e o seu cumprimento, precisam ser considerados. “Acreditamos que esse aspecto precisa ser muito pensado pelo setor público, pois a exemplo, já tivemos nosso produto rejeitado em ocasiões onde vimos que o processo não foi conduzido corretamente no início e outros onde o excesso de burocracia inibia o interesse pelo fornecimento”, diz Nélio

O corte de carne suína escolhido na licitação foi pernil sem osso, cortado em cubos, o que facilita o trabalho diário das merendeiras na preparação e conquista as crianças, uma vez que tem pouca gordura e é uma carne bastante macia. Segundo Thiago Costa, da Unidade de Atendimento ao Agronegócio do Sebrae/ES, a ansiedade pelo resultado da licitação foi suprida pela quantidade disponibilizada. “Foi uma surpresa para todos nós envolvidos a quantidade de carne suína que será disponibilizada. Creio que seu impacto será grande na produção de suínos da região. Esta foi uma forma de mostrar que da certo promover a carne suína e passar informação correta para a sociedade”, completa.

“Isso mostra o potencial que temos enquanto setor e que nosso consumo pode crescer ainda mais. Espero que esse exemplo seja seguindo por vários outros municípios e estados”, comenta o presidente da ASES, José Puppin. O presidente acrescenta que além de ser um alimento saudável, as crianças podem exercer uma grande influência em seus lares. “Se elas gostam da carne suína, irão pedir que seja preparada também em casa, e isso levará a  uma busca maior pelo produto”, explica.

Desde o princípio

A iniciativa que abriu portas apara a licitação foi organizada pelo PNDS em parceria com a Ases e o Sebrae/ES. Na ocasião foi aplicado um teste a 122 crianças, do 1º ao 5º ano, com a supervisão de profissionais da gerência de alimentação escolar do município, com uma metodologia conhecida como escala hedônica facial – usada para medir o nível de preferência de produtos alimentícios e relatar os estados agradáveis e desagradáveis no organismo – que apresentava aos alunos cinco possibilidades de opinião: detestei, não gostei, indiferente, gostei e adorei.

O teste, que deve ser aplicado a todo alimento a ser inserido na merenda escolar, precisa de no mínimo 85% de aprovação em uma amostragem de 100 participantes. Superadas as expectativas o teste atingiu 98% de satisfação.

O Espirito Santo é o segundo estado no PNDS a alcançar a aprovação da carne suína na merenda escolar através dos testes de saudabilidade e do empenho nessa ação junto às merendeiras. Em ambos os testes as crianças aprovaram com mais de 90% de aceitação a carne suína, o que comprova que é uma carne saborosa.

Para Lívia Machado, coordenadora nacional do PNDS. “a quebra dos preconceitos junto ás nutricionistas e merendeiras das escolas é essencial, porque o público favorecido vem respondendo aos testes e comprovando que gostam da carne suína e que, se inserida na merenda escolar, terá excelente aceitação”, encerra