Enquanto os outros setores da economia tem tido dificuldade em se manter saudáveis, os investimentos globais em tecnologias limpas cresceram de forma expressiva no ano passado. A maior parte desse avanço foi sustentado pelos investimentos nos Estados Unidos, particularmente na Califórnia.
Todos os tipos de investimento em tecnologia limpa cresceram em 2011, totalizando US$ 9 bilhões. Isso corresponde a um aumento global de 13% sobre 2010. Também estiveram em alta as operações de fusões e aquisições no setor de tecnologias limpas, chegando a 391 operações e US$ 41,2 bilhões – 153% acima do que foi observado em 2010.
O investimento foi mais forte e consistente nos Estados Unidos (EUA), subindo de US$ 5,2 bilhões em 2010, para US$ 6,8 bilhões – um acréscimo de 31%. A Califórnia merece menção especial por ser o polo mais dinâmico de tecnologias limpas, recebendo US$ 3,7 bilhões dos investimentos, 54% do total dos EUA.
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Já na Europa os investimentos em tecnologia verde alcançaram 1,3 bilhões em 2011, contra os US$ 1,8 bilhões em 2010 – uma queda de 28% devido à crise econômica. As operações em fusões e aquisições também diminuíram em 33% no continente. Mesmo assim, o investimento cresceu nas outras partes do mundo. Segundo Sérgio Abrantes, jornalista econômico, “a economia nova está em plena ascensão”.
No Brasil, o investimento é ainda pequeno, mas há muito potencial. Segundo o economista Cláudio Frischtak, a parcela dos investimentos verdes representa aqui, apenas 2,64% do total de gastos em pesquisa e desenvolvimento. Mas a chance desse valor aumentar é grande.
De acordo com o Subsecretário-Geral da ONU, Achim Steiner, “o crescimento contínuo deste segmento fundamental da Economia Verde não está acontecendo por acaso”. É importante lembrar a oportunidade única que a conferência Rio+20 apresenta de acelerar e ampliar essa transição positiva para uma economia verde. E sendo o Brasil quem vai sediar o evento, é necessário dar um bom exemplo e entrar de cabeça nessa ideia verde.
