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Economia

Estímulo demora a aparecer, mas Brasil sai da crise cedo, afirma Mantega

Ministro diz que desonerações e outras medidas levam tempo para surtir efeito, mas que retomada vai vir mais rápido que em outros países.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na noite desta quinta-feira que as recentes medidas de estímulo à economia, como desonerações fiscais, concessões em infraestrutura e ampliação da capacidade de endividamento dos Estados, levam algum tempo para exibir impactos no crescimento econômico. Ele destacou, porém, que o Brasil tem uma das maiores carteiras de investimentos do mundo e irá se recuperar mais rápido que outros países dos efeitos da atual crise internacional.

Mantega citou como exemplos de poder de investimento a Petrobras (R$ 80 bilhões em 2012), as obras da Copa do Mundo e da Olimpíada do Rio de Janeiro e o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Em discurso para empresários em São Paulo, o ministro elencou as reformas estruturais em curso no país, entre elas a redução consistente da taxa básica de juros. “Apenas no ciclo mais recente de afrouxamento monetário [a Selic] caiu 4,5 pontos percentuais”, disse ele. Para Mantega, essa queda é importante porque estimula investimentos em vários setores.

Bons fundamentos foram importantes para a abertura de possibilidades como a de queda dos juros, segundo Mantega. “A solidez fiscal e a baixa vulnerabilidade externa atual permitiram que o governo transformasse a crise em oportunidade para corrigir distorções históricas”, afirmou.