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Mercado Interno

Preços de alimentos têm alta de até 90,6% em um ano em Campo Grande (MS)

Inflações recordes elevam o impacto do consumo de itens alimentícios no orçamento das famílias.

Estande de frutas em supermercado da rede Pão de Açúcar, no bairro do Butantã
Estande de frutas em supermercado da rede Pão de Açúcar, no bairro do Butantã

Com R$ 30, o consumidor de Campo Grande conseguia, em setembro do ano passado, comprar arroz, feijão, óleo, cebola, tomate e frango. E ainda recebia de troco R$ 3,58. Se a mesma compra for feita neste mês, o consumidor precisará acrescentar R$ 6,11 aos R$ 30. Outra alternativa é deixar para fora do carrinho o tomate ou o feijão, cujos preços já beiram os R$ 6 neste mês.

Essa rápida contabilidade ajuda a explicitar uma inflação silenciosa, que as pessoas sentem que existem, mas não têm ideia de seu tamanho. Em 12 meses, ela já avançou 5,27%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), calculado pelo Núcleo de Estudos de Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp. E os preços de alguns produtos alimentícios subiram muito acima desse índice, chegando ao teto de 90,6%.

Este é o caso do tomate, cujo valor médio do quilo saltou de R$ 3,09 em outubro de 2011 para R$ 5,88 neste mês. Em fevereiro deste ano, a fruta estava ainda mais barata: R$ 2,65. O consumidor podia comprar, assim, dois quilos do produto pagando menos da quantia que necessita hoje para adquirir apenas um quilo.