Evitar estresse, sofrimento e maus tratos, garantir conforto térmico, alimentação de qualidade e saúde, desde o nascimento até o abate. Esses são alguns dos preceitos defendidos pela teoria do bem-estar animal e que estão cada vez mais presentes na produção de alimentos. Além da preocupação ética, o manejo feito de acordo com as exigências do bem-estar animal garante maior produtividade e qualidade do produto final.
Cada país impõe regras próprias dentro do conceito de bem-estar e no Brasil o Ministério da Agricultura é responsável pelo fomento dessas ações, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC). O Programa Nacional de Abate Humanitário (Steps), desenvolvido em parceria com a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), defende o conhecimento do comportamento animal para o uso de estratégias de manejo consciente.
Entre os cuidados previstos ainda durante o período de produção estão dieta balanceada, condições higiênicas, instalações adequadas e sanidade. O transporte costuma ser um dos pontos mais delicados, pois exige investimento em veículos adaptados e capacitação dos funcionários responsáveis pelo trato dos animais. No manejo pré-abate, os cuidados são intensificados para diminuir o estresse e seguem até o momento de insensibilização que antecipa o abate. O manejo inadequado afeta a qualidade da carne em fatores como cor, pH, consistência e durabilidade, além disso, eventuais hematomas e contusões podem reduzir o rendimento das carcaças.