O ano de 2010 foi positivo para os criadores de suínos do Rio Grande do Sul. O preço da carne aumentou, e mesmo assim a procura continuou grande, num cenário que deixa os criadores entudiasmados, já sonhando com a produção de 2011.
O produtor Ilano Johner cria suínos há mais de 20 anos. Em todo esse tempo, a propriedade mudou muito: hHoje os animais estão instalados seguindo os padrões de sanidade, são separados conforme a idade e tamanho com alimentação balanceada. Para os dias mais quentes há um sistema de gotejamento de água que refresca o ambiente. Mesmo com toda essa tecnologia, há alguns anos, o preço estava baixo e os produtores chegavam a pagar para entregar os animais. Já em 2010 a realidade foi bem diferente.
“De 10 anos para cá eu não me lembro onde houvesse uma procura tão acentuada por suínos como ocorreu nesse final de ano de 2010. Foram 60 dias, de lá para cá, em que não existiam suínos suficientes para atender o mercado, que normalmente é nosso nessa região. Houve falta de animais e com isso a gente conseguiu fazer que o ano fosse realmente bom”, comemora o suinocultor.
Para o diretor da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Gilberto Moacir da Silva, O bom momento foi alcançado devido a três fatores: a eliminação de matrizes em 2009, o alto valor da carne bovina e ainda a implementação do plano nacional do desenvolvimento da carne suína.
O preço que aumentou para o criador se refletiu no produto final repassado ao consumidor. Nos supermercados praticamente todos os cortes de suínos ficaram mais caros. O lombinho pode custar R$ 15,50, 23% a mais do que no mesmo período do ano passado. Mesmo assim, continua atrativo ao consumidor, porque é mais barato do que a maior parte desses cortes de carne bovina.
“Em relação à carne de gado tá valendo a pena comprar lombinho ou porco porque fazer um comparativo, hoje, o quilo do vazio está na faixa de R$ 30 e poucos. Hoje está valendo a pena o porco”, comenta um cliente.