AGROMERCADOS
Quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 Nº 425
ARMAZENAMENTO
O Brasil tem uma baixa capacidade de armazenagem nas propriedades rurais, cerca de 20% da produção, número bem inferior aos de seus principais concorrentes (Argentina e Estados Unidos), que varia entre 40% e 80%. Além de comprometer a logística de escoamento das safras, isto impede o produtor de escolher a melhor época para vender a sua safra.
DÉFICIT
Há um déficit de cerca de 30 milhões de toneladas entre o que o Brasil produz e a sua capacidade de armazenamento, segundo Nolci Santos, diretor da Kepler Weber, empresa que fabrica silos e equipamentos de pós colheita.
JEITINHO ARGENTINO
Desde 2004, os produtores argentinos têm recorrido ao silo bag para ampliar a capacidade de armazenamento de grãos na propriedade. Calcula-se que 40 milhões de toneladas sejam estocadas anualmente por meio deste sistema. Trata-se de uma espécie de lona plástica, leve e resistente, que pode ser instalada em qualquer lugar da fazenda.
PIB CRESCE
O PIB do agronegócio brasileiro deve crescer entre 3,5% e 4% este ano, segundo estimativa divulgada nesta quarta-feira pela Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil. Pelas projeções da CNA, em 2010 o PIB do setor deve registrar crescimento de 7% em relação a 2009, ano de crise.
RECEITA DA CARNE
A receita cambial com as exportações de carne bovina em 2010 chegou a US$ 4,8 bilhões, 16% a mais do que em 2009 (US$ 4,1 bilhões). A informação foi divulgada hoje pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A queda de 3% no volume embarcado foi compensada pelo aumento de 18% no preço médio da carne.
FREGUESIA
PREVISÃO
Para 2011, a expectativa da Abiec é de crescimento de 10% na receita com as vendas externas, alcançando US$ 5,3 bilhões. “O grande objetivo da Abiec, em parceria com o governo, é trazer mais competitividade à carne brasileira”, disse Antonio Camardelli, da Abiec.
BRASIL NA FAO
De malas prontas para viajar à Berlim, onde participa da Cúpula de Ministros da Agricultura, o secretário Célio Porto tem como uma de suas missões fazer campanha para José Graziano da Silva, candidato do Brasil à direção geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação). O principal tema da pauta da Cúpula dos Ministros é a volatilidade dos preços agrícolas e seu impacto na segurança alimentar dos países mais pobres.
ALGODÃO FIRME
Diante da forte demanda por algodão, os compradores estão aceitando preços acima da média no mercado brasileiro, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo. No período entre 11 e 18 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias subiu 1,54%. No mês, a alta já é de 17,06%.
DÓLAR A R$ 1,67
O dólar no balcão fechou o pregão desta quarta-feira na BM&FBOVESPA a R$ 1,67, em queda de 0,30%.
TRIGO FRACO
O trigo brasileiro está sendo negociado apenas nos leilões promovidos pela Companhia Nacional de Abastecimento, de acordo com o Cepea. Algumas cooperativas do Paraná voltaram a indicar valores, mas a maioria aguarda o resultado do leilão da próxima quinta-feira, 20. A liquidez no mercado nacional deve continuar fraca, por conta da safra argentina.
PREÇO MÍNIMO
Na modalidade Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), o leilão é destinado à comercialização de 390 mil toneladas de trigo, sendo 190 mil toneladas do Paraná. Serão ainda ofertadas 150 mil toneladas do Rio Grande do Sul, 30 mil toneladas de Santa Catarina, 10 mil toneladas de São Paulo e 10 mil toneladas do Mato Grosso do Sul. O objetivo é garantir o preço mínimo de R$ 477 a tonelada, para o trigo Classe Pão tipo 1. O produto é direcionado às regiões Norte e Nordeste.
FECHA ASPAS
“A única coisa que vem sem esforço é a idade” – Gloria Pitzer.
BRUNO BLECHER, DA AGÊNCIA MERCADOS, COM INFORMAÇÕES DA BM&FBOVESPA.