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Mercado Interno

Alto custo de produção preocupa suinocultores

Já característica do período, a baixa demanda nos primeiros meses do ano não tem espantado os suinocultores, o que preocupa a atividade atualmente são altos custos de produção. Veja análise semanal da ABCS.

Já característica do período, a baixa demanda nos primeiros meses do ano não tem espantado os suinocultores, mas o que vem preocupando o futuro da atividade são altos custos de produção recorrentes da elevação nos preços da saca do milho. Segundo a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o suinocultor paulista está vendendo o suíno a R$ 44,00 a arroba, de preço médio (equivalente a R$ 2,34 quilo vivo) para um custo de produção de R$ 64,00 (R$ 3,41 quilo), um prejuízo de 32% por quilo vendido. Para a entidade, o os atuais patamares de preços estão muito abaixo do custo de produção, mas a tendência é de realinhamento no curtíssimo prazo. Já é possível observar uma melhora nas vendas de suíno no varejo, estimulada pela retomada das voltas às aulas no estado.
A tendência é que a situação se normalize a partir de março, o que sinaliza o início da recuperação das vendas e a retomada nos preços. Mas para os produtores do estado do Mato Grosso do Sul o cenário ainda não tem se mostrado favorável. Nessa semana, o quilo do suíno vivo foi comercializado a R$ 2,15 segundo a Associação Sul-Matogrossense de Suinocultores (Asumas), que aguarda aumento significativo para o mês de março.
Os suinocultores do Sul do país também aguardam a recuperação dos preços. Depois um ano de expectativas otimistas e recuperação no setor, o Rio Grande do Sul apresenta queda nos preços de venda do quilo do suíno vivo. Os principais fatores para esse cenário é a queda das exportações, onde está direcionada a maioria dos animais produzidos no estado, ao lado da redução na demanda do mercado interno, comum nessa época do ano. Conforme dados da Associação dos Criadores de Suínos do Estado (Acsurs), a queda em algumas regiões do estado no mês de fevereiro chegou a 21%. Atualmente os produtores estão recebendo em média R$ 2,24 pelo quilo do suíno vivo.
O mesmo cenário acontece em Minas Gerais, com o quilo do suíno vivo sendo vendido a R$ 2,50, valor R$ 0,10 menor que na semana anterior. A expectativa é que a bolsa dessa semana apresente reações de R$ no valor pago ao produtor, segundo a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Já no Paraná, os preços se mantiveram estáveis nessa última semana, com os preços de comercialização a R$ 2,30 o quilo do suíno vivo, conforme informou a Associação Paranaense de Suinocultores (APS).

Declarações

Há uma frustração com os primeiros resultados do setor, com essa queda, que não esperávamos. Mas o custo de produção, os preços do milho e da soja subiram muito e mais uma vez, o produtor é quem está pagando a conta. Nossa expectativa é que os preços melhores ainda esse mês.
Valdecir Folador, presidente da Acsurs

Estamos segurando a queda de preços que vinha ocorrendo semanalmente. Os animais estavam muito acima do peso e isso gerou um excedente de oferta nos estados do Sul e Sudeste.  A perspectiva é que o mercado paulista apresente um realinhamento de preços a partir da semana que vem
Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da APCS

Semana passada não teve acordo com o frigorífico. A Associação propôs R$ 2,60 pelo quilo do suíno vivo, mas na cotação fechou em R$ 2,50. Mas acreditamos que o preço vai se manter na próxima semana, pois tivemos reações de mercado que sinalizam melhoras.
José Arnaldo, vice-presidente da Asemg