Os criadores de suínos de Minas Gerais estão segurando os gastos. O preço da ração subiu e o valor do produto no mercado caiu.
Para alimentar os 4.000 suínos que saem para o abate todo mês, o criador Thiago de Oliveira, de Patrocínio, no Alto Paranaíba, utiliza em média 1.200 toneladas de ração no ciclo de engorda que dura 150 dias. O aumento no custo de produção diminuiu o lucro.
“O ano passado a gente tinha um lucro até bom, em torno de 25 a 30% porque os insumos estavam mais baratos. O milho e a soja estavam em patamares menores. Hoje nós estamos trabalhando com milho até R$ 32, enquanto que em fevereiro do ano passado compramos a R$ 14”, contou o suinocultor.
Em fevereiro de 2010, o produtor recebia pelo quilo do suíno vivo R$ 2,60. Hoje o preço pago é de R$ 2,50. No mesmo período, o custo de produção subiu cerca de 25%.
Mesmo com o aumento do custo de produção e a queda no preço pago ao produtor pelo quilo do suíno vivo, os criadores de Minas Gerais estão com expectativa de que o setor vai melhorar já no próximo mês.
“O produtor não desiste nunca, não desanima nunca. Nós temos uma boa expectativa porque o consumo no início do ano é bem menor mesmo e agora entrando a nova safra do milho e da soja, os preços da ração tendem a cair bastante. Fora isso, nestes próximos meses o preço do quilo do suíno tende a aumentar pelo maior consumo”, completou Thiago.