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Mercado Interno

Preços do mercado de suínos continuam estabilizados

O mercado de suínos no País segue a segunda quinzena do mês de fevereiro sem grandes modificações no preço pago ao produtor. Já o consumidor poderá contar com altas nos preços da carne de aves e suínos.

O mercado de suínos no país segue a segunda quinzena do mês de fevereiro sem grandes modificações no preço pago ao produtor. Já o consumidor poderá contar com altas nos preços da carne de aves e suínos, pois a expectativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) é de aumento de pelo menos 8,97% no preço da carne suína e de aves em 2011. A projeção é baseada na nova regra tributária determinada pelo governo, que isentou os frigoríficos do recolhimento do PIS e da Cofins.
O cenário do mês confirma que as exportações parecem mesmo ter sua parcela de responsabilidade sobre a desvalorização da carne no mercado nacional. Apesar de protocolo para facilitar a entrada de carne suína brasileira na China, a exportação ainda é zero. “É tudo burocrático e lento”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína. “Estamos tentando habilitar frigorífico, mas pode ocorrer amanhã, em três anos ou 20.” A preocupação segue para os produtores catarinenses que se veem obrigados a repassar suas carcaças a outros estados do país com preços competitivos, o que acaba diminuindo a parcela de lucro do suinocultor, diante dos altos índices no custo de produção. Em Santa Catarina, o preço de comercialização do quilo do suíno vivo é de R$ 2,20 – valor R$ 0,05 inferior ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). No Paraná, a média de comercialização é de R$ 2,10 o quilo do suíno, informou a Associação Paranaense de Suinocultores (APS)
Já para os mato-grossenses a situação pode melhorar em alguns dias, isso porque a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) está aguardando um posicionamento urgente do governo do Estado e da Assembleia Legislativa quanto ao pedido de isenção do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por um período provisório, diante da crise que atinge a classe produtora desde o começo do ano. Segundo a entidade, as vendas caíram como normalmente sempre acontece nesta época, mas os preços pagos ao produtor também caíram e atualmente estão bem abaixo do custo de produção, que por sua vez aumentou, devido à alta de preços do milho e do farelo de soja. Atualmente o quilo do suíno vivo está sendo vendido a R$ 1,90, já no Mato Grosso do Sul, os preços chegam a R$ 2,10 o quilo, segundo dados das associações.
Em São Paulo a Bolsa de Suínos definiu a comercialização do quilo do suíno a R$ 2,35 ou R$ 44,00 a arroba. Segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) nessa semana já se pode observar uma redução na oferta de animais vivos provenientes dos estados do Sul do País.

Depoimentos

“Nossos produtores estão trabalhando no vermelho, e se as atuais condições de mercado perdurarem muitas granjas não irão conseguir se recuperar. Todos os estados do Sul a cobrança de ICMS nas vendas dentro e fora dos Estados já foi suspensa e isso vem ajudando aos produtores se manterem na atividade”
Custódio Rodrigues de Castro Jr, diretor-executivo da Acrismat
 
“O preço da carne bovina não tem baixado de R$ 105,00 @, e segundo a opinião de economistas, não baixará nos próximos anos devido à falta de gado no mercado e o longo ciclo de produção, até o abate. Segundo informações do mercado Paulista, não há mais oferta de carcaça barata, nem de animais vivos como acontecia recentemente, não justificando uma baixa. Ou seja, não motivo para baixa dos preços. Esperamos uma recuperação imediata para que seja possível manter a atividade”
Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da ACCS

O preço praticado em Minas Gerais está entre R$ 2,30 e R$ 2,50 o quilo do suíno vivo, mas a maioria das vendas estão sendo feitas a R$ 2,30. Nas últimas semana tivemos dificuldades em fechar um valor que atendesse aos produtores e frigoríficos do estado, mas nossa expectativa é que mercado se ajuste nas próximas semanas.
José Arnaldo Penna, vice-presidente da Asemg