O mês de fevereiro não apresentou surpresas. As exportações de carne suína cresceram um pouco – 7,62% em volume, passando a 39.060 toneladas em relação a fevereiro de 2010. No entanto, no acumulado do ano, as vendas externas apresentaram queda de 1,97% (73.869 toneladas, frente a 75.356 t em período equivalente do ano passado).
“Não se iniciou, portanto, o movimento de ampliação das exportações, que, esperamos, ocorra mais adiante”, comenta Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Em fevereiro, houve alteração nos principais destinos: a Ucrânia saiu da lista dos cinco principais mercados. A composição atual é: Rússia, Hong Kong, Argentina, Angola e Singapura.
Infelizmente, o Brasil não está aprovado para embarcar carne suína aos sul-coreanos. A missão veterinária da Coreia do Sul, que visitou Santa Catarina em abril de 2010, apresentou questões que não foram ainda respondidas de maneira satisfatória pelo Ministério da Agricultura. Mais uma vez, o Brasil perde uma grande oportunidade.
China – A expectativa com a visita de Dilma Rousseff: O ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, visitou Beijing há poucos dias, em viagem preparatória à da presidente Dilma Rousseff, que deve ocorrer no início de abril, por ocasião da reunião periódica dos países que compõem o grupo BRIC.
Em Beijing, espera-se que na reunião bilateral entre os presidentes do Brasil e da China a habilitação dos frigoríficos brasileiros de carne suína seja finalizada, permitindo o início imediato de exportações, afirma Camargo Neto.
A importância do mercado de Hong Kong sinaliza o bom potencial que deve representar o mercado da China continental.
Japão – O Japão, que havia prometido realizar sua missão veterinária a Santa Catarina, no primeiro trimestre de 2011, não confirmou a vinda. Trata-se de um atraso sem justificativa, em um processo que já leva cinco anos de trabalho sem resultado concreto algum.