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Grãos fecham em alta

O mercado de grãos nos EUA encerraram a semana passada em alta, mas volatilidade ainda pode voltar.

Grãos fecham em alta

Após uma semana turbulenta por conta das incertezas geradas pelas catástrofes no Japão, o mercado de grãos fechou em alta nos EUA, mas, para analistas, novas ondas de volatilidade não estão descartadas nas próximas semanas.

Os dois primeiros vencimentos de milho negociados na bolsa de Chicago chegaram a subir 45 centavos de dólar por bushel, o máximo permitido. Mas julho, o contrato mais negociado, fechou a sexta-feira com alta de 36,25 centavos de dólar a US$ 6,90. Já a soja com vencimento em julho encerrou o dia com ganho de 28 centavos a US$ 13,715 por bushel. O contrato de trigo para entrega no mesmo mês subiu 13,25 centavos em Chicago, para fechar a US$ 7,585.

Apesar do sobe e desce da última semana, os três produtos ainda fecharam o período em alta. No milho, o ganho foi de 3,88%, na soja, de 2,77% e no trigo, de 5,53%. No mês, porém, milho e trigo perdem 5,61% e 7,16%, respectivamente, segundo o Valor Data. A soja ainda sobe 0,49%.

O que sustentou a alta do milho na última sexta foi uma inesperada demanda da China, o que renovou as preocupação em relação aos baixos estoques, segundo a Dow Jones Newswires. Os negócios surpreenderam os traders, já que os preços altos haviam reduzido a expectativa de demanda da China. A Coreia do Sul também foi às compras.

Essa demanda aliviou o temor em relação ao Japão, o maior importador de milho dos EUA. “O desastre vai impactar a importação do Japão, mas não a ponto de mexer muito (com o mercado)”, disse Felipe Netto, da Safras & Mercado, observando que há importações que não podem ser substituídas, como alimentos.

A soja subiu na sexta após a consultoria Informa Economics projetar um plantio de 75,3 milhões de acres na safra 2011/12 nos EUA, abaixo dos 78 milhões esperados pelo mercado, segundo Renato Sayeg, da Tetras. Com essa área, a produção deve alcançar 88 milhões de toneladas, 2,6 milhões a menos que a safra atual. Como o consumo mundial de soja tem crescido 4,5%, em média, por ano, o cenário é de oferta apertada. “Os fundamentos são de alta, mas a situação no Japão pode trazer nuances para o mercado que fogem do controle”, comentou Sayeg.