O consumo de carne suína no Brasil aumentou em 2010, passando de 13 quilos para 14 quilos per capita.
Com este resultado, o Plano Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) atinge 50% da meta estabelecida no lançamento do projeto, em 2009, de ampliar o consumo per capita para 15 quilos/ano até 2012.
O dado foi apresentado nesta segunda-feira (28/3), em Brasília, durante reunião do Conselho Consultivo do PNDS, desenvolvido em parceria pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e associações estaduais de suinocultores.
Para o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA e da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF), Renato Simplício Lopes, parte desse resultado é atribuído ao trabalho feito nos Estados para estimular o consumo do produto.
Outro fator que contribuiu para o aumento foi a alta do preço da carne bovina, que fez o consumidor optar por outros tipos de carne, como a suína e a de aves.
Na sua avaliação, com a expansão, melhorar a imagem da carne suína torna-se cada vez mais importante para o setor.
“Este é um projeto de sucesso e com grandes parcerias. Com certeza continuaremos atingindo nossas metas”, destacou.
Apesar dos primeiros resultados serem positivos, há muito a ser feito. “O consumo é muito baixo, quando vemos países como a Áustria consumirem 76 Kg per capta/ano”, ressaltou Simplício.
O secretário executivo do Senar, Daniel Carrara, que também participou da reunião, destacou os trabalhos de capacitação feitos pela entidade para a execução do PNDS.
“Vamos dar continuidade ao trabalho já desenvolvido, sempre na expectativa que os resultados atendam nosso cliente final, que é o produtor”, afirmou Carrara.
Entre as atividades desenvolvidas pelo Senar está a capacitação de multiplicadores, profissionais que repassarão os novos conhecimentos de manejo e tecnologia aos criadores de suínos.
Dessa forma, os produtores terão condições de oferecer produtos de qualidade. Até o momento mais de cinco mil pessoas já foram capacitadas.
Até agora, o PNDS já foi implantado no Ceará, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
Também participaram da reunião o presidente da ABCS, Irineu Wessler; o conselheiro de mercado da ABCS, Rubens Valentini; o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos; o diretor administrativo e financeiro do Sebrae, José Cláudio dos Santos e o gerente de agronegócio do Sebrae, Ênio Queijada.