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Frango

Resfriamento de frango por ar

Técnica que resfria carcaça através da baixa temperatura do ar é mais cara do que resfriamento por água, mas é exigência do mercado europeu.

Resfriamento de frango por ar

A técnica de resfriamento de frangos mais comum no Brasil utilizada a água gelada para baixar a temperatura das carcaças. A técnica é viável para muitos produtores e bem aceita entre os brasileiros. No entanto, mercados mais exigentes como a Europa rejeitam a técnica por causa da grande quantidade de água que é absorvida pelas carcaças dos frangos, durante o processo, o que aumenta o risco de contaminação da carne.

Para conquistar os europeus o produtor precisa se adaptar e fazer o resfriamento por ar, que é 30% mais caro. É o que explica o diretor comercial de aves da Marel Stork Brasil Lambert Rutten. Ele foi um dos palestrantes do Seminário Latino Americano de Abate e Processamento de Frangos de Corte, que aconteceu entre os dias 29 a 31 de março, em Maringá, no Paraná. O evento foi promovido pela Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas, a Facta.

“Como o produto entra na água, tem o risco maior com a higiene e é preciso ter cuidado com a absorção de água pela carcaça do frango, que chega a 6% de absorção. O xilo de ar absorve menos de 1% de água, agradando o mercado europeu”,  explica.
Outro benefício da técnica de resfriamento de carcaças de frango pelo ar é a rastreabilidade. Segundo Rutten, o sistema é totalmente automático e identifica cada frango pendurado pelo peso e qualidade.

“Para ter o retorno econômico o produtor precisa se inserir em um mercado específico porque o resfriamento por ar exige um investimento bem mais alto. Vai ser difícil adaptar esta técnica no Brasil porque ela é mais cara e o consumidor brasileiro está satisfeito. O xilo de ar custa, no mínimo, 30% a mais do que o de água por causa da exigência grande de energia, além de demandar um espaço bem maior”, ressalta.

 Juliana Royo e Kamila Pitombeira – www.diadecampo.com.br