O governo brasileiro vê com bons olhos as reformas econômicas que serão realizadas em Cuba, como a redução de 20% dos postos de trabalho no funcionalismo público, a abertura do mercado cubano para mais de 170 empresas, a maior autonomia das empresas estatais e a abertura ao capital estrangeiro. A ilha caribenha é geograficamente estratégica para o Brasil, pois servirá como rota aos produtos embarcados para a América do Norte, assim que terminar o embargo de 50 anos promovido pelos EUA ao país.
Os sinais levam técnicos do governo e o setor privado a crer que a expectativa de investimentos brasileiros na ilha, até 2012, supere US$ 1,2 bilhão. Além da modernização do Porto de Mariel pela Odebrecht, com recursos do BNDES, e da construção de rodovias e ferrovias, empresários do setor sucroalcooleiro estudam a viabilidade de investir. Há também mercado para serviços de engenharia de infraestrutura e indústrias de alimentos.
“Vemos com satisfação Cuba encontrar seu próprio caminho, mesmo sob esse embargo injusto”, afirmou um diplomata.
Outra meta do Brasil é aumentar o fluxo comercial (exportações mais importações) com Cuba. No ano passado, o valor registrado foi de menos de US$ 500 milhões. O Brasil vende, principalmente, óleo de soja, frango, café, milho, colheitadeiras e automóveis. As compras do país caribenho abrangem extratos de glândulas e outros órgãos, cimento, medicamentos, charutos e reagentes de laboratório.
Mercado Externo
Olho em Cuba
O Brasil está de olho nas reformas econômicas de Cuba. País vende óleo de soja, milho, colheitadeiras, frango e outros produtos para a ilha.