No dia 28 de abril uma comitiva de produtores do sul do país esteve em Brasília para conhecer a tecnologia do bem-estar animal empregada na Granja Miunça. Aproveitando a ocasião, os gaúchos, catarinenses e paranaenses visitaram a DFSuin & Sindisuínos para observar e acompanhar o trabalho dos colegas brasilienses. Para isso, participaram de uma edição da bolsa de suínos, discussão que define os valores de comercialização para aquela semana no estado.
A bolsa inédita contou com a presença de mais de 38 pessoas, entre associados locais e visitantes, além da presença de Patrícia Ferreira, gestora do projeto de suinocultura do SEBRAE, e Anny Santos e Tayara Lima, funcionárias da ABCS Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), que vieram representando a entidade. O encontro aconteceu no auditório da Fape (Federação da Agricultura e Pecuária do DF) e teve uma apresentação sobre o trabalho e os projetos da associação, proferida por Alexandre Cenci, presidente do Sindisuínos (Sindicato dos Criadores de Suínos do Distrito Federal).
“Mesmo sabendo que no Paraná, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul, devido às proporções dos estados, é impossível fazer o que vocês realizam aqui, trouxe o pessoal para que tivessem contato com a bolsa, pois podemos implantar a ideia em regiões específicas de cada estado”, comentou o gaúcho Flauri Migliavaca. “No Rio Grande do Sul não existe um consenso em relação a preços de comercialização, o que seria extremamente positivo, pois distribui a renda, fazendo com que produtores e frigorífico se ajudem, encontrando um ponto de equilíbrio”, continuou o produtor sulista, referindo-se, entre outros fatores, à fidelidade e o compromisso honrados na bolsa.
Para Alexandre Cenci, esse intercâmbio e troca de informações é fundamental, pois “podemos entender a complexidade que tem o Brasil, tanto na geografia desse país continental, quanto nos aspectos tributários, que envolvem a comercialização, aspectos ambientais e todas as outras variáveis que pertencem à relação da cadeia da suinocultura, passando pela produção, indústria e varejo.”. Porém, mesmo ciente da dificuldade que um grande estado possui em desenvolver consensos, o presidente do sindicato destacou que o DF já nasceu com uma cultura de união e conceito de cadeia, então “o nosso crescimento acontece aliado a uma cultura já instalada”.