No mês de Junho a Gerência de Integração Avícola da Coopavel reuniu os produtores para oficializar o lançamento do seu ‘Manual de Avicultura’. O evento aconteceu em três etapas, onde os integrados foram reunidos em suas respectivas regiões, e contou com duas palestras bastante interessantes. Sendo que na regional de Capitão Leônidas Marques a palestra técnica foi proferida pelo médico veterinário Flávio Henrique da Silva, ‘Manejo inicial e de onde vem o pintinho’ e na regional de Catanduvas José Luis Januário abordou o tema ‘Ambiência’.
Enquanto que em Cascavel, o médico veterinário Antonio Guilherme Machado de Castro, diretor técnico do Centro Avançado de Pesquisa Avícola, falou sobre os avanços da avicultura industrial no Brasil e traçou um panorama de produção e mercado. Em todos os encontros a segunda palestra foi proferida pelo Professor Renato de Oliveira falou sobre Qualidade de Vida e Cooperação.
De acordo com o gerente da integração Coopavel, Jair Luiz Casarotto, o objetivo do encontro, além da entrega do novo manual totalmente atualizado, para a orientação dos integrados e padronização da assistência técnica da avicultura Coopavel, com boas práticas de produção, “foi promover uma atualização sobre manejo e sanidade, com palestrante de renome internacional. E ainda, aproveitar a oportunidade para levar ao quadro de integrados sugestões sobre valores familiares e cooperação”. Ao final do encontro foi promovido um jantar de confraternização aos participantes.
A cadeia movimenta U$ 20 bilhões por ano e agrega cinco milhões de brasileiros envolvidos no sistema. Somente o Paraná possui 17.700 produtores rurais integrados ao sistema de produção avícola, proporcionando o desenvolvimento regional e sustentando a economia de muitos municípios. “Isso mostra a grande responsabilidade sanitária, pois um problema de doença num aviário pode prejudicar toda a cadeia”, disse Guilherme. Segundo ele, no mundo as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde, o que faz aumentar o consumo da carne branca, e também gera uma preocupação em relação ao uso de antibióticos e seus residuais.
O palestrante salientou que o que faz a avicultura ser diferenciada é o seu manejo, e elogiou o modelo vertical utilizado pela Coopavel, que abrange todas as etapas da produção, desde o ovo até o frango pronto para o abate, incluindo os grãos e a ração que também são produzidos na própria cooperativa, através dos seus associados e de indústria particular.
Para enfatizar a evolução da tecnologia, Guilherme lembrou que há 50 anos eram necessários 20 kg de ração para transformar um quilo de peito de frango. Hoje são necessários apenas sete quilos de ração. “Isso significa que estamos consumindo um frango com 100% de tecnologia e 0% de hormônio”. A comparação mostra que houve um grande avanço em termos de desempenho das taxas de crescimento e de conversão alimentar. Paralelamente há um comprometimento com o desenvolvimento e o funcionamento do sistema imunológico, com reflexos na saúde do frango. “Mas somente o uso da tecnologia não é suficiente. As indústrias também precisam se preocupar com sanidade, segurança alimentar e sustentabilidade”, frisou.
O produtor, por sua vez, terá que se modernizar cada vez mais para acompanhar a evolução tecnológica e dar boas condições a essas aves. “Hoje vivemos numa aldeia global, então a biosseguridade é cada vez mais fundamental. E quase todas as doenças aviárias podem ser prevenidas com isolamento, controle de tráfego e higienização, mas o produtor precisa ter essa consciência”. Finalizou.
Ao final foi feita a entrega do manual, com todas as informações, para que os produtores sigam as instruções técnicas em todas as etapas da produção.