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Economia

BB inicia contratações no MT

Superintendência do Banco do Brasil inicia contratações de crédito para o financiamento da safra 11/12 no Estado.

BB inicia contratações no MT

A superintendência do Banco do Brasil, em Mato Grosso, iniciou na sexta-feira (1) as contratações de crédito para o financiamento da safra 11/12 no Estado. A meta da instituição é a de ofertar pelo menos R$ 2,86 bilhões, cifras cerca de 20% acima do volume contratado na safra anterior (10/11), quando foram desembolsados pelo Banco, R$ 2,39 bilhões. Os recursos são a soma de tudo que foi e será disponibilizado para a agropecuária nas modalidades empresarial, familiar e pré-custeio. “Enquanto os recursos da União aumentaram na ordem de 7% para a esta nova temporada, o Banco do Brasil está ampliando em quase 20% os recursos no Estado”, enfatizou o diretor de Agronegócio do BB, Ives Cézar Fülber.

O Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, anunciado no último dia 17, pela presidente Dilma Rousseff, prevê aporte de R$ 107,2 bilhões à agricultura empresarial. O valor é 7,2% maior do que os R$ 100 bilhões disponibilizados na temporada passada, que se encerrou em 30 de junho.

O start para efetivação das aplicações dos recursos foi feito na sexta-feira, na Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), quando três propostas foram contratadas junto ao Banco, por pecuaristas mato-grossenses. Cada um deles acessou o teto de R$ 650 mil. Na atividade há 30 anos, o pecuarista Imil Farah Júnior, destinará parte dos recursos à aquisição de grãos para confinamento de 3 mil bovinos e aquisição de rações. Farah possui 9 mil cabeças na fazenda Paiaguás, localizada em Tangará da Serra (242 quilômetros ao norte de Cuiabá).

Os R$ 2,8 bilhões anunciados para Mato Grosso estão divididos da seguinte forma: R$ 2,19 bilhões no segmento agroempresarial, R$ 350,7 milhões na agricultura familiar e R$ 320 milhões em operações de pré-custeio. Como frisa o superintendente do BB no Estado, Elói Medeiros Júnior, “o desembolso poderá superar as perspectivas do BB. Na medida em que houver demanda o Banco responderá”. Em todo o Brasil, o BB opera 60% do crédito rural oficial e chega a 77% das liberações realizadas em Mato Grosso. Conforme Medeiros e Fülber, o Banco traçou como objetivo, a partir desta safra, “voltar a ser o banco do produtor rural”. Fülber lembrou que o Banco do Brasil já é o maior do mundo em carteira de crédito rural ao atingir R$ 78 bilhões.

O gerente regional de Varejo do BB, Jânio Zeferino, destaca que nesta nova temporada as contratações puderam ser efetivadas a partir do dia 1° de julho – exatamente no dia que se inicia a nova temporada agropecuária que finda somente em 30 de junho de 2012 – porque a União publicou no Diário Oficial a portaria da equalização, que traz as regras do jogo.

Novidades – O Banco apresentou novidades para nova temporada. A unificação de CPFs, por exemplo, permite aumento de teto para até R$ 650 mil, volume que ainda pode ser suplementado em 45%, se o tomador atender a algumas demandas do Banco, como utilizar sementes certificadas e realizar o sistema de plantio direto. Além disso, o mesmo tomador poderá ter acesso ao mesmo teto, via Fundo Constitucional para Financiamento do Centro-Oeste (FCO). “Uma operação, considerando o teto de R$ 650 mil, mais os bônus de até 15% e 30%, o produtor obtém até R$ 900 mil. Cifras que podem ser dobradas com o FCO. O tomador poderá chegar a R$ 1,8 milhão”, explica o analista do BB, Brasiliano Borges.

Borges frisa que o Banco quer incentivar o segmento mato-grossense e para prestar este apoio ao Estado “que tem no seu DNA o agronegócio”, o BB traz produtos novos para mitigar cada vez mais o risco que a atividade tem por natureza. “O seguro faturamento, lançado agora, garante renda ao produtor que tiver problemas com clima ou variação do mercado”. A contratação de mitigadores de risco amplia em 15% o teto por CPFs e nesta safra vale apenas para a sojicultura. A intenção é estender o prêmio para outras culturas a partir de agora. O superintendente reforça que o convênio que oferta o seguro foi firmado de forma inédita com a Famato. “Nenhuma outra entidade fez esta parceria, mas o seguro vale para o todo o país”. Para ele, quanto mais proteção o produtor tiver, menor será o risco de inadimplência. Com relação aos devedores, Zeferino conta que no último ano muitos produtores do Estado procuraram o Banco e conseguiram quitar ou refinanciar os débitos. “No Estado o volume de inadimplência está abaixo de 1% da nossa carteira. O limite de mercado é de 2,3%, pelos números podemos ver que a realidade no Estado mudou”. O Banco ampliou também os prazos e juros para recursos da poupança rural, que vão de 5,5% ao ano a 9,5% e de 72 meses até 96 meses.