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Mercado Interno

Preço do frango reage em São Paulo

Alta beneficia principalmente os criadores independentes. Aumento já era esperado pelos avicultores do Estado em função do ajustamento de produção em nível nacional.

O avicultor Pedro Grotto é proprietário de uma granja no município de Boituva, em São Paulo, onde estão alojadas 27 mil aves. Pedro trabalha no ramo há seis anos de forma integrada, ou seja, tem contrato fechado com a indústria.

O avicultor conta que pelo último lote recebeu R$ 0,38 por ave. Os frangos ficam alojados em média por 45 dias e a expectativa do mercado é de aumento de preço, os produtores aguardam melhores recompensas para investirem nas granjas.

Cerca de 95% da produção de frangos no estado de São Paulo é feita pelo sistema integrado. O restante trabalha de forma independente e foi o que mais sentiu a alta no preço.

O presidente da Associação Paulista de Avicultura, Érico Pozzer, explica que o aumento de 12% só em julho era esperado em função do ajustamento de produção em nível nacional. No estado de São Paulo, em torno de 74 milhões de frangos eram criados e hoje esse número está em menos de 70 milhões.

A expectativa, segundo Pozzer, é de que os preços subam mais, em torno de 15 a 20%, o que será uma maneira de recuperar as margens que estão sendo trabalhadas com prejuízo desde o início do ano. O principal motivo são os custos da matéria-prima, o milho e a soja. “Quase 75% do custo do frango vem do milho e da soja e como estas commodities estão elevadas, não há outra maneira das empresas terem margem de lucro, a não ser ajustando a produção. Isso o empresário e produtor rural já aprendeu, quando se produz mais e a oferta é maior e o preço cai”.