O agricultor Ricardo Tomczik investe em algodão e soja na região norte de Mato Grosso. Ele faz parte da comitiva que conhecerá as terras em Moçambique no próximo mês. A notícia da venda de áreas por preços atrativos tem chamado a atenção. “É uma concessão por 50 anos, renovável por mais 50 anos, aparentemente a R$ 21 de custo o hectare por ano. Isso chama bastante a atenção”, avalia.
O solo e o clima de Moçambique são parecidos com os do cerrado mato-grossense, mas é necessário conhecer também a infraestrutura do país, os portos, estradas, armazéns e transportes de um modo geral.
Os produtores terão benefícios fiscais, poderão levar mão-de-obra especializada do Brasil, mas também terão que contratar trabalhadores locais. A previsão do governo de Moçambique é que as propriedades estejam produzindo em três anos.
O embaixador de Moçambique no Brasil, Murade Murargy, explica que os brasileiros poderão ocupar seis milhões de hectares nas províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia no Norte do país, onde as características da região se assemelham ao cerrado brasileiro. Eles farão parte do programa Pró-Savana.
Segundo Murade, o que se espera com o programa é o aumento da produtividade agrícola, principalmente das grandes produções que são idênticas no Brasil, como o arroz, o milho, o algodão, a soja e a mandioca.
Confira o vídeo com a entrevista completa e saiba como vai funcionar a concessão de terras e como é a infraestrutura local.