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Agroindústrias

Mercados chinês e japonês no foco da BRF

Com a nova unidade de processamento de suínos de Campos Novos (SC), a BRF Brasil Foods aposta nos mercados chinês e japonês para incrementar suas exportações de carne suína.

Com a nova unidade de processamento de suínos de Campos Novos, inaugurada ontem, a BRF Brasil Foods quer atender prioritariamente os mercados chinês e japonês, informou o vice-presidente de Assuntos Corporativos da companhia, Wilson Mello Neto. Segundo o executivo, a nova planta, construída em parceria com a Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (Copercampos), vai incrementar em 10% a capacidade total de abates de suínos da empresa e em 20% a produção total, hoje de 40 mil suínos por dia.

Segundo Mello Neto, o mercado chinês, que teve sinal verde para a compra da carne brasileira com a visita da presidente Dilma no começo do ano, é uma das apostas da BRF para exportação de suínos. E, depois de enviar uma missão a Santa Catarina no começo do mês, o Japão responderá em até 90 dias se tem interesse em importar. Para ele, a abertura de mercados é a saída para recuperar os preços da carne suína no Brasil. “Os preços vão continuar deprimidos enquanto permanecer a restrição de venda à Rússia”, disse o executivo.

 
A unidade de Campos Novos, que começou a produzir em agosto, tem capacidade instalada para abater até 7 mil suínos por dia. Nesta primeira fase, serão mil suínos por dia e 400 empregos diretos. A unidade deve atingir sua capacidade total no fim de 2012, gerando 1,8 empregos diretos. A unidade, construída em parceria com a Copercampos, recebeu aporte de R$ 145 milhões e foi adquirida totalmente pela BRF ontem.

Segundo o vice-presidente da BRF, a unidade não entra no acordo feito com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) porque não envolve o uso das marcas Sadia ou Perdigão. Parte da produção de carne suína será levada para transformação em outras unidades.

A Copercampos vai manter o fornecimento de suínos para abate e grãos para a BRF. Segundo Clebi Renato Dias, diretor-executivo da cooperativa, o projeto inicial do frigorífico, quando foi concebido em 2010, era encontrar mercado para a produção de milho e suínos. Com a parceria com a BRF, que aportou R$ 63 milhões, a capacidade foi ampliada de 2 mil suínos por dia para 7 mil.

Segundo o presidente, Luiz Carlos Chiocca, a cooperativa mantém 72 produtores de suínos integrados com 13 mil matrizes e capacidade de produção de 350 mil suínos terminados. O contrato com a BRF prevê a entrega de 100 mil suínos por ano. Ele disse que há projeto para ampliar o número de matrizes para 20 mil, um investimento avaliado em R$ 30 milhões.