Em Itaqui (RS), a Camil construiu uma usina termoelétrica que utiliza a casca do arroz como biomassa. A central, que pode gerar até 4,3 KVA/hora, permite à empresa utilizar energia de fonte própria no beneficiamento do arroz.
Em 2010 o consumo de casca de arroz para geração de energia foi de 64 mil toneladas e produziu 25,5mil MW. Dessa energia 22,6mil MW foram destinadas ao próprio consumo e o excedente; 2,9mil MW, foram negociados no mercado livre de energia.
Além de preservar o meio ambiente, a empresa economiza recursos financeiros e elimina a necessidade do transporte da casca.
O arroz, que é a base da alimentação de metade da população mundial, foge dos tradicionais aspectos gastronômicos e passa a ser inteiramente aproveitado. Sua casca possui alto poder calorífico e regularidade térmica próprios para a produção de processos termoelétricos, com a vantagem de poluir menos o ambiente, quando comparado aos demais recursos vegetais como o carvão, por exemplo.
Breve histórico da Camil- Fundada em 1963 como Cooperativa Agrícola Mista Itaquiense Ltda. (Camil) na cidade de em Itaqui, RS, na região de fronteira com a Argentina, a Camil iniciou suas operações com um armazém de 2.700 m2 comercializando arroz em sacos e outros cereais.
Nos anos 80, tornou-se líder de mercado em São Paulo, com a filosofia de buscar sempre a eficiência logística e comercial em suas operações.
A partir de 1996, torna-se uma Sociedade Anônima e, após várias aquisições, incluindo as instalações industriais de Recife (2001) e Camaquã (2002), consolida-se como a maior empresa de arroz do Brasil.
A Camil ocupa uma posição de liderança no mercado nacional e em todo mercado latino americano, no beneficiamento, distribuição e comercialização de arroz e feijão, com 23 unidades produtivas na América Latina. Com uma capacidade total de produção de 2,1 milhões de toneladas de arroz e 140 mil toneladas de feijão, mais de dois mil funcionários, e comercialização de seus produtos em mais de 60 países, a Camil fundamenta a sua estratégia de crescimento em três fatores: expansão geográfica no Brasil; aquisições e lançamentos de produtos.