Em função do bom momento vivido pela avicultura paranaense, o número de aviários de frangos de corte no estado cresceu 7,9% nos últimos 12 meses, passando de 14.059 estabelecimentos cadastrados em outubro de 2010 para os atuais 15.177, de acordo com dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). Desse total, 11.204 aviários, ou 73,8%, são mantidos por integrados; 2.242 por cooperados (14,8%); e 1.731 pelas próprias indústrias ou de forma independente (11,4%).
Agora, com a chegada de uma das mais modernas indústrias avícolas do Brasil ao Noroeste do Paraná – região que hoje concentra cerca de 42% da produção de frango no estado segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar) – a atividade deverá ganhar um novo impulso. Ao custo total de implantação de mais de R$ 100 milhões, da BR Frango entrará em operação em dezembro deste ano e até 2013 deverá abater 420.000 aves/dia. A produção da indústria será fomentada por aproximadamente 340 aviários – 100 próprios e 240 integrados.
Nesse regime, o produtor recebe todos os insumos (ração, pintos, medicação e assistência técnica) da empresa, que se compromete a comprar toda a produção para completar o ciclo. Já o produtor rural participa fornecendo aviário próprio, água, energia elétrica, lenha para aquecimento dos aviários, maravalha (cama das aves) e a mão de obra. Além disso, conta com o apoio da integradora desde a consultoria para o financiamento e a construção dos aviários até o período de alojamento dos frangos.
“Com a modernização da agricultura, atividades como a avicultura tornam-se uma das alternativas de diversificação, principalmente para os agricultores familiares, que buscam a redução da sazonalidade e uma melhor rentabilidade. Entretanto, é recomendável que o produtor rural que deseja entrar nesse mercado, destinando um espaço de sua propriedade para aviários, procure trabalhar associado a uma empresa, pois facilita a manutenção, garante a venda da produção e o retorno sobre o valor investido em médio prazo”, avalia Reinaldo Morais, presidente da BR Frango.