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Carnes

Estruturação em SC

Indústria catarinense de carnes aposta em sanidade e logística para crescer em 2010. Barreiras sanitárias e tarifas ainda são problemas.

Estruturação em SC

Com a queda nas exportações em 2008 e 2009, a previsão é de que 2010 seja melhor que os anos anteriores para o mercado de carnes catarinense. Entre as dificuldades de crescimento, estão barreiras sanitárias e tarifas. Por isso, a indústria investirá mais em sanidade e logística.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto, vê na questão sanitária o primeiro grande obstáculo às carnes brasileiras. Depois entram competitividade, logística, portos, estradas e estrutura tributária. Para 2010, espera que seja o ano da abertura, apesar de ainda não ter nenhuma novidade para comemorar.

Neto lembra que estamos adiantados com a União Europeia e citou o governador Luiz Henrique, que deve conseguir um avanço com o mercado norte-americano. Na Ásia, vê boas perspectivas na China, Coreia do Sul e Japão.

SC lidera agroindústrias em suínos

O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, lembra que as cinco principais agroindústrias em suínos estão em Santa Catarina. Ele vê boas perspectivas para 2010, com a produção crescendo entre 5% a 6% ao ano, o que não oferece problemas de oferta, nem no campo, nem na indústria.

Quanto às aves, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), Francisco Turra, espera um crescimento de 5% em volume 10% em receita de exportações de frangos sobre 2009. O otimismo passa pelo aumento do petróleo.

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, comemora a recuperação do preço do barril, porque os países árabes compram 25% da produção de frango brasileira. Para ele, uma grande vantagem das aves é que a carne é exportada em cortes, o que agrega valor ao produto. Já a grande maioria dos suínos são vendidos em carcaça.

Brasil exporta 11% da carne suína mundial

Barbieri vê o problema maior da falta de espaço no mercado externo para os suínos. Diz que União Europeia, Estados Unidos e Japão ainda não aceitam o fato de Santa Catarina ser livre de febre aftosa sem vacinação. Calcula que o mundo importa 6 milhões de toneladas de carne suína e Brasil exporta 11% disso. Acredita que se ampliarmos 10% este ano, será um volume significativo.

“O Estado tem que trabalhar sua sanidade e agregar valor, para poder trazer mais valor. Não só o volume faz diferença, mas o valor agregado traz muito mais recursos”.

O vice-presidente da Faesc afirma que a vantagem para o produtor de suínos em relação ao ano passado não foi somente o preço — que pulou de R$ 1,80 para R$ 2,10 — mas também a redução do custo de produção. Com o excedente de milho e soja, os preços caíram em todo mundo e o custo da suinocultura baixou 15%, segundo a Faesc. Barbieri afirma que a atividade tornou-se mais rentável.