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A despedida de Stephanes

O ministro disse que o futuro do agronegócio brasileiro está pavimentado. Para ele, setor necessita que as entidades representativas se articulem melhor na defesa dos seus interesses e elaborem uma agenda comum.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o futuro do agronegócio brasileiro está pavimentado, visto que a demanda por alimentos vai crescer bastante e o Brasil reúne plenas condições para abastecer os outros países. Stephanes, que foi homenageado pela Sociedade Rural Brasileira com o título de “Sócio Honorário”, observa, no entanto, que a agricultura brasileira necessita que as entidades representativas se articulem melhor na defesa dos seus interesses e elaborem uma agenda comum.

“Forte, a agropecuária não tem a devida visibilidade na sociedade. Tem consumidor que pensa que o frango nasce no supermercado; além disso, o agronegócio, grande gerador de divisas para o Brasil, é palavrão em determinados círculos.”

Mas o ministro deixa a pasta bastante otimista. Ele irá disputar um novo mandato como deputado federal nas eleições deste ano. Entre os avanços, Stephanes cita o combate mais articulado a doenças como a febre aftosa. Ele acredita que o País vai conquistar o status de zona livre com vacinação até o final deste ano. “E em breve virá o reconhecimento de zona livre sem vacinação, pois um estado, Santa Catarina, já conseguiu essa classificação.”

Outra vitória que teve participação fundamental do ministro que sai é a criação da figura do adido agrícola para defender os interesses do Brasil em praças internacionais importantes. Serão oito adidos atuando em embaixadas brasileiras no exterior: Buenos Aires, Washington, Genebra, Bruxelas, Rússia, Pretória, Pequim e Tóquio. “É um antigo projeto dos produtores rurais que agora se concretiza.”

Stephanes tem reunião com o presidente Lula nesta segunda (29/03) à tarde, na qual vai apresentar o programa nacional de fertilizantes e as propostas de alteração do Código Florestal. O ministro deve tratar também do nome que irá substituí-lo. Dois se apresentam: o secretário-executivo do ministério, Gerardo Fontelles e o presidente da Conab, Wagner Rossi. Stephanes não confirma, mas Fontelles é a sua predileção, segundo gente do setor.