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Empresas

FMC se volta para segmento de grãos

Empresa americana quer triplicar sua participação neste mercado e foca comércio da soja.

Faturar US$ 1 bilhão com a venda de defensivos agrícolas no Brasil em 2014 a partir de vendas que somaram US$ 411 milhões no ano passado. Essa é a meta da americana FMC para seus negócios no mercado nacional, que está voltando seu foco também para o segmento de grãos.

Atual líder nas vendas de agroquímicos para cana-de-açúcar e algodão, a empresa quer triplicar sua participação no mercado de grãos, especialmente de soja, cultura que sozinha abocanha 47% da demanda de defensivos no país.

“Em 2002 decidimos focar os esforços em cana e algodão o que nos tirou da 12ª e colocou na 4ª do ranking nacional. Nossa participação nos grãos sempre foi pequena e por isso acreditamos que é aí que está nossa oportunidade de continuar crescendo. Queremos manter a posição que conquistamos e ganhar espaço nos grãos”, afirma Gilberto Mattos Antoniazzi, diretor financeiro da FMC.

Para crescer no segmento de grãos, a empresa vai adotar uma estratégia semelhante à feita no algodão. Hoje, a FMC movimenta mais de US$ 100 milhões em operações de troca de algodão por defensivo. Com isso, é responsável por 10% de todo o algodão exportado pelo Brasil. “Vamos seguir a mesma estratégia com a soja. Criamos uma equipe para fazer negócios no sistema de troca, travando os preços da soja na bolsa de Chicago”, diz.

Com as mudanças, ao longo dos próximos cinco anos as culturas de cana e algodão, que hoje representam juntas 80% das vendas da FMC perderão relevância para os grãos. Em 2014, as vendas de defensivos para a cana terão uma fatia de 20%, mesmo tamanho do algodão (20%), enquanto os grãos representarão sozinhos 40% dos negócios da FMC no Brasil. Essa divisão é muito próxima do que a indústria nacional tem atualmente.

“O mercado de defensivos no Brasil está em expansão. Os analistas que fazem estimativas para o setor podem errar o grau de crescimento que esse mercado terá nos próximos anos, mas ninguém se arrisca a dizer que teremos retração”, diz Antoniazzi.