No mercado consumidor a qualidade da carne suína tem considerável importância em todos os segmentos da indústria especializada. O consumidor atual observa a boa qualidade da carne através de características sensoriais como, aparência, cor, sabor, textura e suculência, sem falar em seus nutrientes, como proteína, pigmento e gordura intramuscular e por fim, aspectos higiênicos e sanitários.
Atualmente o que vemos é um consumidor ditando as regras, ou seja, o consumidor é quem determina o que o mercado deverá produzir. Sendo assim, novas formas de apresentação da carne suína são oferecidas atualmente no mercado como, cortes modernos e embalados em porções individuais oferecendo praticidade, além de uma maior variedade de cortes, com o objetivo de mostrar ao consumidor a versatilidade da carne suína, inclusive para o tradicional churrasco, mas especialmente para o dia-a-dia da família.
Por isso investir em novos cortes, através da capacitação de profissionais do setor é o que Associações e segmentos da indústria especializada estão fazendo há algum tempo. O processamento da carne suína é feito em ambiente climatizado, iniciando-se pela desossa e separando os cortes para fins específicos. Tradicionalmente a carne suína era comercializada em cortes grandes, como pernil e paleta e em cortes menores restritos ao lombo e à bisteca, contudo, hoje podemos ver nas gôndolas de supermercados e açougues à venda, cortes suínos como filé mignon, alcatra, coxão mole, picanha, costela, medalhões, almôndegas e hambúrgueres.
Você sabia que o molho bolonhesa original é feito com carne suína moída? Este é só mais um exemplo da versatilidade que a carne suína pode oferecer assim como o verdadeiro strogonoff também é feito com carne suína. Da carcaça suína é aproveitado inclusive o couro, a orelha, o pé, a máscara para fazer a nossa deliciosa feijoada, o que nas outras carnes não é aproveitado.
Portanto na carne suína, todas as partes da carcaça são aproveitadas, é somente uma questão de conhecimento e habilidade dos profissionais do setor, e um reconhecimento maior da empresas em ver seu funcionário apto para atender o que o consumidor deseja. Este investimento é uma das formas de agregar valor à carne suína e em conseqüência ter um aumento na sua comercialização.
Por Carlos Francisco Geesdorf, presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS)