“Quando a projeção da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de nove bilhões de pessoas no planeta for atingida, os responsáveis pela alimentação de todos serão o Brasil e a África”. A previsão é do chefe da Assessoria de Assuntos Estratégicos do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, que abriu a programação que começou ontem, 19 de outubro, do curso para técnicos agrônomos e veterinários da África, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Durante o encontro na unidade Centro de Estudos Estratégicos e Capacitação em Agricultura Tropical (Cecat), africanos de 28 países conheceram mais sobre a estrutura do ministério, a função de cada uma das suas secretarias, a atuação das Superintendências Federais de Agricultura nos estados, além da importância do trabalho desenvolvido pelos órgãos vinculados, como a Embrapa e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O diretor do Departamento de Economia Agrícola, Wilson Vaz Araújo, apresentou os objetivos da política agrícola, entre eles, os de aumentar a disponibilidade do crédito rural, consolidar e aprimorar o seguro rural e fortalecer a produção de biocombustíveis. Os programas de desenvolvimento sustentável também foram abordados no curso, com destaque os de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e de Integração Lavoura- Pecuária-Floresta (ILPF).
Os africanos ainda discutirão a plataforma de defesa agropecuária, a experiência brasileira em agroenergia e as políticas públicas de desenvolvimento agropecuário e cooperativismo. Participam dos trabalhos em grupo com representantes do ministério e do Cecat, traçando paralelo entre o Brasil e seus países de origem e identificando ações para alavancar o desenvolvimento em cada região.
A parte teórica da capacitação termina na sexta-feira, 22 de outubro. O módulo prático começa no dia 25 de outubro e é divido em duas turmas. Os agrônomos receberão treinamento sobre produção de sementes em Brasília e os veterinários vão para Campo Grande (MS) estudar forragicultura, pastagens e boas práticas.