O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) , Pedro de Camargo Neto, faz hoje uma apresentação no 1º Fórum de Debates Brasilianas.org, que debaterá o tema “Nova Diplomacia Comercial”, a partir das 17 horas, no auditório da Fundação Getúlio Vargas, à Avenida 9 de Julho, 2029, Bela Vista. O seminário é organizado pela Agência Dinheiro Vivo e dele participarão funcionários do governo (Ministério das Relações Exteriores, Apex Brasil e Embrapa), representantes da FGV (Centro do Comércio Global na Escola de Economia) e do Conselho Empresarial Brasil-China.
Camargo Neto, mentor dos contenciosos na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre subsídios ao algodão (contra os EUA) e sobre subsídios ao açúcar (contra a União Europeia), quando era secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura (2001-2002), tem vivenciado, nas últimas décadas, problemas relacionados às barreiras comerciais e sanitárias, que afetam o desempenho do comércio exterior do agronegócio brasileiro.
Na palestra de hoje, das 19h20 às 20h20, Camargo Neto apresentará a “corrida de obstáculos” que é atuar no comércio internacional. Obstáculos são as barreiras técnicas (a questão sanitária e fitossanitária) e as barreiras tarifárias (presentes nas negociações comerciais regionais e multilaterais). Por último, existe o obstáculo comercial (mercado consumidor, distribuição e logística).
Resumidamente, para Pedro de Camargo Neto, a lição de casa do Brasil é que “antes de tudo é preciso ter sanidade e, nas negociações externas, convencer os atores de que a temos”. Para o presidente da ABIPECS, nesse aspecto há obstáculos, como os critérios técnicos utilizados, que nem sempre são fundamentados na ciência, o dificílimo cronograma do convencimento, as missões sanitárias, os estudos de análise de risco sanitário, a relação com a autoridade sanitária estrangeira. “A pressão política é essencial para a adequada tramitação dos processos”, afirma.
Em sua apresentação, Camargo Neto dirá que antes das negociações diplomáticas é preciso definir o modelo de desenvolvimento do País e definir com a sociedade a inserção do Brasil no mundo.
O presidente da Abipecs detalhará o que considera fundamental nos Poderes Executivo e Legislativo para uma eficiente política comercial brasileira. Ele também falará sobre o papel da sociedade civil na questão do comércio internacional.