O relatório final do custo de produção de frango de corte em Santa Catarina será apresentado pela Embrapa às indústrias e aos avicultores em encontro programado para as 9h30 da manhã desta sexta-feira (17), na sede da instituição, em Concórdia (SC).
A mediação técnica e científica do centro de pesquisas de suínos e aves da Embrapa para a apuração dos custos de produção do frango industrial de corte resultou de solicitação, feita em maio passado, pelo Comitê Paritário de Avicultura. O comitê é um colegiado criado em 2007 que reúne representantes dos produtores rurais e das indústrias de abate de processamento de aves e tem a chancela das duas principais instituições do setor – o Sindicato Patronal dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina (Sincravesc) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav).
O diretor executivo da Acav, Ricardo Gouvêa, destacou que essa inovação – a intermediação da Embrapa – demonstra o nível de transparência que existe no relacionamento entre dois atores da maior cadeia produtiva do Brasil. Destacou que “a Embrapa pesquisa e acompanha a avicultura há mais de três décadas e tem metodologia para oferecer a mais correta aferição de custos”.
O presidente do Sincravesc, Valdemar Kovaleski, disse que os avicultores reconhecem a competência técnica e a isenção ética da Embrapa. Por isso, a ela delegaram a missão de apurar, calcular e definir os custos de produção à campo.
O trabalho da Embrapa influenciará o relacionamento de produção de pelo menos 6.000 criadores e 20 indústrias avícolas. Foram estudados os dois principais sistemas – a produção convencional de frango e a produção automatizada. Nessa apuração entraram custos diretos do avicultor, como instalações, equipamento, energia elétrica, água, mão de obra, apanhe de aves, etc. Os demais insumos – pintainhos, rações, vacinas, assistência técnica, etc – são fornecidos pelas indústrias.
A apuração dos custos pela Embrapa balizará as discussões sobre rentabilidade da produção e outras questões sobre o desempenho da produção à campo. “A decisão de pedir a participação da Embrapa demonstra o respeitoso e produtivo diálogo proporcionado pelo Comitê Paritário Criador/Indústria que discute a implementação de medidas destinadas a fortalecer o sistema de produção avícola industrial e elevar as condições de vida e trabalho dos avicultores catarinenses”, assinalou o diretor da Acav, Ricardo Gouvêa.