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DVA no Brasil

Empresa se prepara para colocar em prática a segunda fase de seu plano de expansão no País e ganhar espaço dentro da indústria nacional.

Diante das perspectivas de crescimento do mercado de defensivos agrícolas no Brasil para os próximos anos, a DVA se prepara para colocar em prática a segunda fase de seu plano de expansão no País e ganhar espaço dentro da indústria nacional. A meta é fechar 2010 com um faturamento de R$ 270 milhões – crescimento de 32% sobre 2009 – para chegar ao final de 2011 com uma receita de R$ 370 milhões, dentro de um mercado que deve movimentar quase US$ 7 bilhões.

O grupo de origem alemã atua prioritariamente no segmento de produtos pós-patente. Na prática, a empresa faz novos defensivos a partir de moléculas em que o prazo da patente chegou ao fim, elaborando novas formulações. Além disso, a empresa também atua no mercado de fertilizantes.

Nos últimos dois anos a empresa investiu cerca de US$ 50 milhões para ampliação de seu parque fabril instalado em Ituverava, no interior de São Paulo, com objetivo de desenvolver parte de seus produtos no próprio mercado brasileiro. Outros US$ 50 milhões serão aplicados para a construção de uma unidade de defensivos biológicos – com início previsto para 2012 – além de investimentos em registro de novos produtos.

“Nossa ideia é ter um amplo portfólio para em três anos deixarmos de vender produtos e passarmos a oferecer soluções para cada cultura”, afirma Carlos Pellicer, presidente da DVA Brasil. O executivo lembra que dentro do plano da empresa está produzir no Brasil todos os produtos que vende no País a partir de 2012.

Para alcançar as metas o grupo colocará no mercado doméstico 91 novas formulações no setor de defensivos químicos até 2015. Para cada registro ser liberado pelo governo são necessários de quatro a cinco anos e um aporte de US$ 40 mil para cada produto. Hoje, a empresa possui 17 registros, sendo um deles o primeiro inseticida biológico do País, que não gera resíduo sobre os produtos e está liberado para as culturas do café, fumo, citrus, frutas e algumas hortaliças, além de aplicação sobre lavouras orgânicas.

Com o investimento no parque fabril, a ideia da empresa é reduzir a dependência externa que o Brasil possui em relação a algumas moléculas. Atualmente, boa parte das matérias-primas utilizadas pelas indústrias de defensivos é importada, ficando no País apenas unidades de formulação, que desenvolvem os produtos comerciais.

“No nosso caso, o plano é sintetizar algumas moléculas fundamentais de alguns inseticidas e fungicidas no próprio Brasil. A patente dessas moléculas ainda não terminou, mas chega ao fim em 2011 e com isso passaremos a sintetizá-las aqui [no Brasil] a partir de 2012”, afirma Pellicer. O executivo não informa quais são essas moléculas, mas diz que atualmente elas são produzidas e importadas a partir da China e da Índia.