AGROMERCADOS
Quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 Nº 412
TERRA ESTRANGEIRA
O parecer da AGU (Advocacia Geral da União), que restringiu a compra de terras por empresas brasileiras controladas por estrangeiros, levou as empresas
multinacionais do setor de papel e celulose a suspender US$ 6 bilhões em investimentos em florestas plantadas no Brasil, segundo informação da Bracelpa (Associação Brasileira de Papel e Celulose). Várias destas empresas haviam programado a compra de terras em Mato Grosso e no Sul da Bahia.
MADEEEIIIRA!
As empresas do setor de papel e celulose planejam investir até 2020 US$ 20 bilhões para ampliar em 45% a base florestal, saltando dos atuais 2,2 milhões de hectares para 3,2 milhões de hectares. Pelas previsões da Bracelpa, a produção de papel terá aumento de 57% neste período e a de papel, 30%.
RECUPERAÇÃO
Este ano, a produção brasileira de celulose cresceu 5% em comparação a 2009, alcançando 14 milhões de toneladas. Já a produção de papel teve aumento de 3,4%, para 9,8 milhões de toneladas. A receita, de US$ 6,7 bilhões (dos quais US$ 4,7 bilhões em exportação), cresceu 33% em relação a 2009. Vale destacar que 2009 foi um ano de forte crise.
PIB AGROPECUÁRIO
A alta dos preços agrícolas no mercado internacional foi responsável pelo crescimento de 7% do Produto Interno Bruto do setor este ano, para R$ 792 bilhões. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para Kátia Abreu, presidente da entidade, o agronegócio nacional conseguiu retomar o ritmo de crescimento, após a crise de 2009.
SEM PREVISÃO
Em 2009, o PIB da agropecuária registrou queda de 5,51% em relação a 2008. Kátia Abreu não arrisca uma previsão para 2011. “Só em março, poderemos ter uma ideia do tamanho da safra 2010/2011, que está neste momento em fase de desenvolvimento”, disse.
MENOS TRIGO
As cooperativas do Paraná reivindicam uma política para a cultura do trigo. Segundo João Paulo Koslovski, presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a área cultivada com o cereal na próxima safra deve cair 10% devido ao desânimo dos agricultores. “Nesta safra, o governo reduziu o preço mínimo quando os produtores já haviam plantado cerca de 90% da área”, lembra Koslovski.
DEPENDÊNCIA
A região Sul é responsável por 90% da produção brasileira de trigo. Maior produtor do país, o Paraná colheu 3,2 milhões de toneladas este ano, cerca de 60% da produção brasileira (5,7 milhões de toneladas). O Brasil consome por ano 10,5 milhões de toneladas do cereal. Para atender a demanda, o país importa o cereal da Argentina, Uruguai, Paraguai, Estados Unidos e Canadá.
QUEBRA NA SAFRA
REBANHO CAIPIRA
Nos últimos cinco anos, o governo do Piauí distribuiu a 12 mil famílias de comunidades rurais do Estado cerca de 141,7 mil galinhas caipiras, 11,8 mil galos e 1,5 tonelada de milho.
CAFÉ NA ALTA
Na bolsa de Nova York, os contratos futuros do café arábica fecharam a 217,50 centavos de dólar por libra peso no vencimento março. Na bolsa de Londres, o café robusta teve valorização de 0,62%, com o contrato para março a US$ 1.935 a tonelada, ganho de US$ 12.
AÇÚCAR FORTE
Os contratos do açúcar demerara para março subiram para 31,11 cents por libra peso em Nova York. Em Londres, o açúcar refinado fechou o pregão desta quarta-feira estável, a US$ 767,90 a tonelada no vencimento março.
DÓLAR FRACO
O dólar reagiu hoje. Na BM&FBOVESPA, fechou próximo a R$ 1,70, alta de 0,35%.
SOJA AVANÇA
Os contratos futuros da soja para março subiram 1,75 cent hoje na Bolsa de Chicago, encerrando o pregão a US$ 13,07 o bushel. Na BM&FBOVESPA, a soja foi cotada a US$ 29,56 a saca, praticamente estável.
MILHO RECUA
Os preços futuros recuaram 3 cents nesta quarta-feira em Chicago. Os contratos do cereal para março fecharam a US$ 5,84. Por aqui, a saca de milho, cotada a R$ 27,56 fechou praticamente estável.
SUCO AMARGO
Os contratos do suco de laranja em Nova York voltaram a cair no pregão desta quarta-feira. No vencimento janeiro, o suco foi cotado a 156 cents por libra peso, desvalorização de 2,53%.
BOI GORDO
A arroba do boi gordo foi cotada a R$ 143,49 hoje na BM&FBOVESPA, com queda de R$ 1,94. Para janeiro, o preço é de R$ 96,42.
FECHA ASPAS
“Arrependo-me muitas vezes de ter falado; nunca de ter silenciado” – Ciro.
BRUNO BLECHER, DA AGÊNCIA MERCADOS, COM INFORMAÇÕES DA BMF&BOVESPA