AGROMERCADOS
Terça-feira, 9 de novembro de 2010 Nº 389 17h58
MENOS SOJA…
No relatório divulgado hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa da safra de soja americana de 92,7 milhões de toneladas para 91,8 milhões. Por outro lado, aumentou a previsão de exportação, o que reduz a projeção dos estoques finais para apenas 5 milhões de toneladas.
PREÇO DISPARA
Diante da previsão de estoques bem mais baixos do que os esperados, os contratos futuros da soja dispararam em Chicago. Para entrega em novembro, a cotação subiu 54,25 cents, alcançando US$ 13,29 o bushel, valorização de 4,26%. Na BM&FBOVESPA, a soja para maio, cotada a US$ 30,14, subiu 91 cents.
MILHO RECUA
Já os contratos futuros do milho perderam 9 cents no pregão desta terça-feira em Chicago, recuando a US$ 5,76 o bushel, queda de 1,54%. Na bolsa paulista, o milho para entrega em janeiro subiu 33 centavos, encerrando o dia a R$ 28,42 a saca.
DÓLAR A R$ 1,69
Com alta de 0,18%, o dólar no balcão encerrou o dia a R$ 1,69.
INFLAÇÃO
O feijão-carioca foi o principal responsável pela alta de 0,75% da inflação em outubro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve aumento de 4,38% de janeiro a outubro deste ano, segundo informação divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
COMIDA CARA
Pelos cálculos do IBGE, o aumento da inflação em outubro foi puxado pela elevação dos preços dos alimentos. Só o preço do feijão carioca subiu 31,4% em outubro. No ano, a alta chega a 110%.
No campo, o efeito da alta do feijão foi o aumento da área plantada. Estima-se que o feijão deva ocupar cerca de 1,45 milhão de hectares, quase 3% a mais do que na safra passada. No Paraná, 89% da área prevista para o feijão já foi semeada, sendo que 61% da lavoura está em fase de desenvolvimento vegetativo.
RECICLAGEM
As indústrias de defensivos agrícolas estão recolhendo cerca de 95% das embalagens que produzem. O número foi divulgado por João Rando, presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV). “Para atingir um índice tão alto de devolução é essencial a organização de toda a cadeia produtiva do agronegócio”, diz.
AÇÚCAR FIRME
Em Londres, os contratos do açúcar refinado fecharam a sessão de hoje a US$ 805 a tonelada no vencimento março, alta de 3,11%. Na bolsa de Nova York, os preços futuros do açúcar demerara também fecharam com alta expressiva. No vencimento março, a cotação chegou a 33,11 cents por libra peso, alta de 3,86%.
ALTA DO SUCO
Nesta terça-feira, as cotações do suco de laranja na bolsa de Nova York subiram 4%, avançando a 161,50 cents por libra peso.
DÓLAR A R$ 1,69
Com alta de 1,01%, o dólar no balcão fechou a R$ 1,69.
CAFÉ QUENTE
Em Nova York, os preços futuros do café arábica para dezembro registraram forte alta de 4,30%, para 217,05 cents por libra peso. Na bolsa de Londres, o café robusta para janeiro subiu 0,68%, para US$ 2.098 a tonelada. Na BM&FBOVESPA, o café arábica para entrega em dezembro teve forte valorização de US$ 10,60, encerrando o dia a US$ 256,90 a saca.
BOI GORDO
Os contratos do boi gordo na BM&FBOVESPA fecharam hoje R$ 115,96 a arroba. Para dezembro, a cotação é de R$ 111,44.
FECHA ASPAS
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos” – Fernando Pessoa.
BRUNO BLECHER, DA AGÊNCIA MERCADOS, COM INFORMAÇÕES DA BMF&BOVESPA