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Planejamento

Mercado suinícola apóia iniciativa do Cepea

Centro ligado à Esalq/USP dá início a estudo para entender quais são os fatores-chave que interferem e ajudam a formar o preço do suíno no Brasil. Objetivo é tornar as informações mais transparentes e aumentar o leque e o fluxo desse conteúdo. Saiba o que algumas das principais empresas do setor suinícola acham da iniciativa.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, iniciou, neste ano, um estudo para entender quais são os fatores-chave que interferem e ajudam a formar o preço do suíno vivo no Brasil. O objetivo central do estudo é tornar as informações do mercado suinícola mais transparentes e aumentar o leque e o fluxo dessas informações. O Cepea também quer estabelecer, se possível, um novo mecanismo de referência de preços que possibilite ao produtor fazer projeções, definir estratégias e orientar a tomada de decisões.

A Redação de Suinocultura Industrial ouviu a opinião de profissionais ligados a empresas com forte atuação no mercado de suínos acerca da iniciativa do Cepea. Leia as respostas abaixo: 

“Os benefícios diretos desta pesquisa, para todos os elos da cadeia produtiva, são grandes. Cada mercado ou setor possui a sua própria complexidade e especificidade na formação dos custos de produção e dos preços de comercialização, cujo entendimento demanda critério, metodologia científica e muita análise para filtrar inconsistências de informações. Nesse quesito, creio que o Cepea seja talvez o órgão mais credenciado atualmente no País que tem se dedicado ao levantamento de preços e análise de tendências de mercados de commodities. Sua idoneidade e isenção, aliado ao investimento em pesquisa e capacitação de pesquisadores próprios, têm sido uma marca registrada.

A melhor compreensão da formação de preços e a maior precisão e transparência nas informações de mercado, trazem ganhos extraordinários para o planejamento das empresas e produtores e, consequentemente, melhor será a previsibilidade nas decisões estratégicas. Nossa atividade, ao longo dos últimos anos, conquistou enormes ganhos na melhoria genética dos plantéis suinícolas, na evolução dos resultados zootécnicos, na profissionalização da mão-de-obra e ainda na conquista do mercado internacional para a nossa carne. Faltava evoluirmos na organização da cadeia produtiva e na compreensão mais profunda dos elementos que influenciam o comportamento da oferta e demanda do nosso mercado. Tenho certeza de que o Cepea pode agregar muito para o nosso setor com o início deste trabalho”. 

Alexandre Furtado Rosa, diretor superintendente da Agroceres PIC

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“Toda iniciativa para criação de mecanismo de referência de preços é válida. É importante tomarmos conhecimento de um estudo como este para entendermos todos os fatores que influenciam na definição do preço do suíno vivo no Brasil, o que gera, por exemplo, as diferenças entre as regiões. Assim, não só os produtores, mas também todas as empresas do mercado poderão ter uma visão transparente, mais abrangente e de maior confiabilidade. Um centro especializado em economia envolvido com a cadeia produtiva suinícola traz ao nosso dia-a-dia fatores com os quais não estamos acostumados a trabalhar, mas que são de extrema importância para o bom andamento do negócio. Quanto mais pontos da cadeia de suínos estiverem mapeados, mais chances teremos de nos preparar para o futuro, identificando boas oportunidades e também possíveis crises e momentos difíceis. Visualizando a ciclicidade da produção, é possível, ainda, traçar com mais clareza estratégias de lançamento de produtos e campanhas de acordo com o cenário”.

Evandro Poleze, gerente de Marketing Suínos da Pfizer

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“A iniciativa é muito importante para democratizar a informação. O Cepea é um órgão muito competente em trabalhos dessa natureza, e com certeza as informações geradas serão seguras e auxiliarão a tomada de decisão do empresário do setor, trazendo benefícios para toda a cadeia. Este estudo irá trazer segurança para o empresário, que terá mais disposição para investir na atividade e buscar novas tecnologias para melhorar a produtividade e qualidade. Isso, com certeza, trará impactos positivos para toda a cadeia que ficará mais competitiva e produzirá com mais qualidade”. 

Juliano Sabella, gerente de Marketing da Tortuga 

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“Acredito que o estudo do Cepea irá profissionalizar ainda mais este segmento, a partir do momento que o planejamento de compra e venda de animais passa a ser viável e tratado como os demais produtos e insumos desta cadeia. A transparência no fluxo de informações sobre a formação de preços garante também maior transparência também no pagamento, nas bonificações e penalizações calculadas na compra de animais do produtor do mercado spot ou de cadeias de integração vertical e associações. Além disso, uma possível indexação de preços, ou uma tratativa de commodity, poderia dar mais agilidade e flexibilidade para as negociações de animais e/ou carne neste mercado. Possivelmente, iniciativas de indexação como mercadoria de bolsa de mercados futuros ou como uso ferramentas de “hedge” poderiam integrar e valorizar ainda mais este mercado e esta cadeia de produção, bem como demais mercadorias que já alcançaram este tipo de organização no mercado do agribusiness brasileiro”. 

Camila Pontes, gerente da área de Saúde Animal da Boehringer Ingelheim 

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“Sem dúvida é importante a participação de um órgão independente e qualificado auxiliando na formação de uma referência para o preço médio do suíno vivo. A credibilidade do Cepea é inquestionável e o setor suinícola será bastante beneficiado ao ter um preço de referência baseado em estudos sérios do desempenho do mercado, obtido através do uso de métodos e ferramentas científicas adequadas e qualificadas para esse fim”. 

José Nunes Filho, diretor presidente da Sanphar

Para saber com mais detalhes o funcionamento deste estudo do Cepea, leia a edição 235 da revista Suinocultura Industrial – integrada ao Guia Gessulli. A revista apresenta uma matéria especial sobre o tema.