Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Economia

Mercado interno forte segura perdas com exportação

O aumento nos preços da carne suína no mercado doméstico confirma o aquecimento interno e sua importância para estabilização do setor diante das quedas apresentadas pela exportação.

O aumento nos preços da carne suína no mercado doméstico confirma o aquecimento interno e sua importância para estabilização do setor diante das quedas apresentadas pela exportação. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) foram embarcadas 51.012 toneladas no mês passado, 14,52% menos do que em igual intervalo de 2009, porém os números mostram que o valor da carne suína continua a subir no mercado externo, já que a receita no período de janeiro a setembro ficou em US$ 1,009 bilhão, alta de 13,66% sobre os US$ 887,8 mil de um ano antes.

 O preço elevado da carne bovina se manteve em São Paulo (alguns cortes estão 20% mais caros) e os valores devem continuar subindo e não há previsão de recuarem, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a não ser na próxima safra. Ou seja, somente em 2011. Uma boa notícia para o mercado de carne suína que deverá manter também o aumento de preços atingidos neste mês de outubro. Nesta última segunda-feira a bolsa do estado de São Paulo comercializou 11.280 suínos, entre R$ 61,00 e R$ 63,0/@, o equivalente a R$ 3,25 e R$ 3,36 o quilo do suíno vivo, segundo a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). Desde o inicio de julho o reajuste acumulado no comércio de suínos no estado é de R$ 11,00@, o equivalente a 22% de aumento, já em relação ao final de janeiro deste ano o amento foi de 36%.

Os produtores mineiros também têm colhido da boa safra de vendas do mercado paulista. Em Minas Gerais, o preço de comercialização do suíno vivo apresentou mais uma semana de aumento, segundo a Associação de Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG), fechando o preço de venda do quilo em R$ 3,40, valor R$ 0,20 a mais que na semana anterior.

Os criadores de Santa Catarina também estão otimistas com a alta no preço pago pelo quilo do suíno vivo. Como o custo de produção não subiu, a perspectiva é de um bom lucro, segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), já que o mercado não sofreu alterações e se manteve nos mesmos patamares da semana anterior, com quilo do suíno vivo sendo comercializado a R$ 2,75. O mesmo acontece no Rio Grande do Sul, que manteve o mesmo valor de comercialização do quilo do suíno vivo apresentado na semana anterior, de R$ 2,84, segundo informou a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).

Já no mercado do Paraná os preços apresentaram aumento significativo para os produtores, comercializando a R$ 3,00 o quilo do suíno vivo, aumento de 7% em relação ao valor de comércio da semana anterior, segundo dados da Associação Paranaense de Suinocultores (APS).

Declarações

“O mercado em Minas está bastante favorável, com o aumento no valor de comercialização do quilo do suíno no estado, o produtor está colocando o animal no mercado sem dificuldade. Nossa perspectiva é de manutenção ou até aumento de preços para essa semana”.
Armando Carneiro, diretor de mercado da Assuvap

“No Mato Grosso, o mercado segue bastante firme com o quilo do suíno vivo sendo comercializado a R$ 2,75. A expectativa é positiva ainda que os produtores estejam preocupados com o aumento do custo de produção, decorrente dos preços do milho na região”
Custódio Rodrigues de Castro Jr., secretário-executivo da Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat)

“O mercado do Paraná segue bastante positivo, com os valores de comercialização do suíno atendendo a necessidade do produtor. Aguardamos que aqui no sudoeste do estado os preços se mantenham para a próxima semana.”
Jacir Dariva, presidente da ARSS (Associação Regional de Suinocultores do Sudoeste do Paraná)

Cotações Máx
SP R$ 3,31
PR R$ 2,80
SC R$ 2,75
GO R$ 3,25
RS R$ 2,84
MG R$ 3,25
DF R$ 3,15
MS R$ 2,70
MT R$ 2,60
CE R$ 3,72