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Mercado Interno

Mercado suíno permanece aquecido

Preços comercialização em grande parte dos estados produtores registram pequenas altas. Dados do IBGE confirmam o bom momento da suinocultura brasileira.

O mercado de suíno nesta semana se manteve bastante aquecido com a manutenção dos preços de comercialização em grande parte dos estados produtores. Os dados divulgados na última semana de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam o bom momento da suinocultura brasileira. O abate de suínos aumentou 3,3% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, somando 8,067 milhões de cabeças. Em comparação com o segundo trimestre do ano passado, houve alta de 6,6%. Segundo o IBGE desde o terceiro trimestre de 2008 o volume de suínos abatidos vem superando o de bovinos.

A alta no comércio de carne suína tem atingido também os produtores integrados, como é o caso da Coopercentral Aurora – maior compradora e abatedora de suínos de SC – que elevou em 4,5% o valor pago aos suinocultores pelo preço do quilo de suíno vivo que sobe de R$ 2,25 para R$ 2,35. Acrescido do adicional de tipificação (em média 8%), a remuneração final ao criador atinge R$ 2,50/kg para animais em pé entregues aos frigoríficos. Todo o esforço de recuperação do setor realizado em 2009 e, principalmente, em 2010, faz com que o atual preço básico (R$ 2,35/kg) seja exatamente o preço praticado em outubro de 2008, antes da violenta crise financeira internacional, que derrubou as exportações brasileiras e provocou uma crise sem precedentes na cadeia industrial da suinocultura.

Com o aumento do preço da carne bovina, os consumidores já estão gastando mais para comprar frango, peixe e suíno no estado de São Paulo. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a carne de boi subiu, em média, 5,48%, no mês de setembro e com o aumento do valor cobrado pela carne bovina, os clientes passaram a optar por outras fontes de proteína. Cenário que já pode ser percebido na alteração de preços no mercado de suínos na região. A bolsa do estado comercializou 14.105 suínos entre R$ 60,00 a R$ 62,00/@, o equivalente a R$ 3,20 a R$ 3,31 o quilo do suíno vivo, respectivamente, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

No mercado do Paraná os preços se mantiveram no mercado independente, com  o quilo do suíno vivo sendo é cotado a R$ 2,80 o quilo vivo, como informou a Associação Paranaense de Suinocultores (APS). Já Santa Catarina apresentou não só elevações no preço pago ao produtor integrado, como ao independente também que esta semana comercializou o quilo do suíno vivo a R$ 2,75 um aumento de R$ 0,15, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).

Segundo levantamento divulgado pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), o preço médio do quilo vivo do suíno pago ao produtor gaúcho independente subiu R$ 0,05 atingindo o valor de R$ 2,74 o quilo, enquanto o preço máximo teve queda de três centavos, atingindo R$ 2,84. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o preço médio atual é R$ R$ 0,53 superior ao praticado no período.

Declarações

“Esse aumento significa uma melhor margem de lucro para o produtor, tivemos nos últimos dias um aumento nos preços do milho e farelo de soja, comprometendo assim parte da lucratividade na atividade. Com este aumento voltam às margens de lucros, mantendo assim o otimismo na atividade”
Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS

“É preciso lembrar que este momento bom que a suinocultura se encontra só existe quando a produção é igual ou menor do que a demanda de consumo, por isso, precisamos apostar e trabalhar pelo aumento de consumo e o produtor se em torno de sua associação”
Carlos Geesdorf, presidente da APS

“O preço atingido este mês de comercialização se comprado ao do ano anterior, que passávamos por período de crise, nos mostra o quanto a suinocultura vive um momento próspero. Então o mercado do Rio Grande do Sul segue bastante positivo, com os valores de comercialização do suíno atendendo a necessidade do produtor.”
Valdecir Folador, presidente da Acsurs

Cotações Máx
SP R$ 3,31
PR R$ 2,80
SC R$ 2,75
GO R$ 3,25
RS R$ 2,84
MG R$ 3,25
DF R$ 3,15
MS R$ 2,70
MT R$ 2,60
CE R$ 3,72