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Milho no PR

Com 35% do milho colhido, a expectativa é de alta produtividade do milho safrinha paranaense, de acordo com os números do Seab.

Milho no PR

Em alguns municípios do Paraná, começou recentemente a colheita do milho safrinha. Até o momento, segundo os números do Departamento de Economia Rural do Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) já foram colhidos cerca de 78 mil hectares, o que representa 35% dos 222 mil plantados na região. Com um clima favorável, a safra promete ser melhor do que a 08/09 apesar da queda na área plantada. Mas o bom desempenho da temporada de verão não promete se repetir na hora da comercialização.

De acordo com os números do Deral, 90% do milho safrinha do estado encontra-se em boas condições. Entre os motivos para o bom desempenho, segundo o engenheiro agrônomo da Coamo Agroindustrial Cooperativa, Marcilio Yoshio Saike, está o clima favorável à cultura. “Para que o milho tenha um bom desenvolvimento são precisas temperaturas não muito baixas e nem muito altas, água suficiente e um bom período de luz. Este ano, todos esses quesitos foram atendidos”, diz.

Segundo ele, a região ainda está no início da colheita, mas já é possível dizer que este ano será bem melhor que o ano passado, em que o excesso de chuva atrapalhou um pouco. “Foi tranqüilo o decorrer dessa safra, o grande problema e o medo dos produtores era a praga da lagarta, mas agora com o plantio do milho resistente a ela, o chamado BT, não registramos grandes problemas”, afirma o agrônomo.

As informações da Seab parecem confirmar essa previsão, a produtividade por hectare promete ser 35% maior do que na safra anterior. Segundo o produtor rural da região de Farol, Wellington Kungel, este ano, pelo menos em relação a produção, não houve surpresas, a colheita em suas terras ainda não começou. “Durante todo o período da safra, não registrei nenhum problema. Estamos próximos de começar a colheita e as expectativas em produtividade são boas”, completa.

Tempo

Para garantir que expectativa de bons resultados se confirme o produtor torce agora por um tempo seco estável. Segundo o Instituto Simepar, a previsão para os próximos dias deve agradar aos agricultores. Até a próxima segunda-feira, a previsão é de céu com poucas nuvens, mas sem previsão de chuvas. O clima deve se manter com temperaturas elevadas para o inverno a máxima nestes dias ficará em torno de 24 ºC e a mínima 13 ºC.

Produtividade X demanda

Mas se a produtividade está em alta, a demanda não parece demonstrar interesse pelo produto, o que força os preços para baixo. Desde o ano passado, a área plantada está apresentando quedas significativas. Em um ano, a diminuição chegou a 26% da área e esse quadro deve se repetir nas safras futuras. “Já foi um ano em que plantamos uma área bem menor e acho que no próximo ano, vamos diminuir ainda mais a área, tentar uma cultura que esteja com preço um pouco menor”, pondera Kungel.

Ainda segundo os dados do Deral, o preço pago ao produtor pela saca de 60 quilos foi em média de R$ 13,92, no mês passado, o que configura uma desvalorização de quase 20% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com Saike, não deve haver prejuízos, mas o produtor não deve esperar grandes lucros. “A expectativa não é de uma receita muito grande. Não tem como prever ao certo, mas o que o agricultor receber pelo milho deve cobrir os custos e sobrar um pouco. O que já é bem melhor do que o ano passado, em que o que ele recebia não dava nem para cobrir o que gastou.”

Kungel ressalta que um dos motivos para essa melhora nas expectativas é justamente a alta produtividade. “Se tivéssemos tido qualquer problema de clima ou algo que afetasse a produtividade, não conseguiríamos fechar essa conta”, finaliza. De acordo com as informações da Seab, dos 75% ainda não colhidos, 90% já está em fase de maturação, ou seja, pronto para a colheita e 10% na fase de frutificação, ou seja formando o grão.

Road Show passa por CM

Acontece hoje, em Campo Mourão, o Road show Terra de Gigantes. O evento, promovido pela Syngenta, é uma ação itinerante direcionada a clientes, distribuidores e produtores pertencentes aos principais mercados de milho e algodão do Brasil. Durante o período de um mês, o Terra de Gigantes passará por 42 cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Maranhão a fim de promover as tecnologias de tratamento de sementes.

Os produtores que participarem serão orientados quanto aos manuseios mais adequados dos produtos agrícolas dentro de suas respectivas culturas, desde a aplicação do produto no plantio até a comercialização do mesmo.