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Economia

Termômetro Big Mac

O que o preço do Big Mac pode dizer sobre a moeda de um país? Ao que parece, muita coisa, segundo a publicação "The Economist".

Termômetro Big Mac

O que um Big Mac pode nos dizer sobre o preço do chá na China? Ao que parece, muita coisa.

Por 24 anos, a revista “The Economist” mediu o valor das moedas em todo o mundo usando dois hamburgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, pickles e pão com gergelim.

A China, por exemplo, onde é possível comprar quase dois Big Macs pelo preço de um nos EUA, tem a moeda mais desvalorizada do mundo, concluiu a revista recentemente.

O Índice Big Mac foi criado para explicar um conceito econômico chamado paridade de poder de consumo, o conceito de que um dólar deveria comprar a mesma quantidade de um país para o outro. Se houvesse paridade, o preço de um produto – nesse caso um Big Mac – deveria ser o mesmo em todo o mundo.

O índice deste ano descobriu que os preços do Big Mac, convertidos para dólares norte-americanos, variava de US$ 6,87 na Noruega até US$ 1,83 na China. O preço médio nos Estados Unidos é US$ 3,58.

Embora o Índice Big Mac seja uma forma nova de olhar para o que o dólar é capaz de comprar em diferentes países, ele também se mostrou bastante acurado para indicar mudanças nas moedas, disse o professor Dave Denslow da Universidade da Flórida.

“Se o Índice Big Mac diz que uma moeda está desvalorizada, ela tende a se valorizar”, diz Denslow.

Foi exatamente o que aconteceu com a moeda chinesa, embora a pressão dos EUA e dos governos europeus tenha provavelmente exercido um peso maior sobre as mentes das autoridades chinesas do que uma palavra de uma publicação de negócios britânica.

No mês passado, poucos dias antes da reunião do G-20, a China anunciou que irá valorizar novamente o yuan.

Sindicatos e trabalhadores podem se beneficiar com isso porque as fábricas norte-americanas tinham dificuldades em competir com o baixo custo do trabalho e dos produtos da China.

Mas mais americanos poderão sentir a pressão disso em seus bolsos. Muito do que eles compram é importado da China, e um yuan mais caro irá fazer os preços subirem.

O alcance mundial do McDonald’s faz com que o seu sanduíche mais famoso seja o produto perfeito, diz Rick Wade, que é dono de dez franquias da marca em Palm Beach County.

O Big Mac é vendido em mais de 100 países, em mais de 80% das 32 mil lojas do McDonald’s no mundo. Franquias de poucos países rejeitam o produto por motivos culturais ou religiosos.