O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) anunciou ontem (23/06) a liberação de R$ 407 milhões em financiamentos para 18 cooperativas do Paraná. As cooperativas contempladas são Castrolanda, Capal, Agrária, Cocamar, Integrada, Confepar, C.Vale, Copagril, Copacol, Coopavel, Lar, Frimesa, Cotriguaçu, Tradição, Coamo, Coasul, Batavo e Cocari.
Quase metade dos recursos (R$ 183,4 milhões) foi autorizada pelo Procap-Agro, linha de crédito do Plano Agrícola e Pecuário 2009/10 destinada ao financiamento de capital de giro das empresas. O restante (R$ 223,7 milhões) será investido em infraestrutura e agroindustrialização.
De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Kolovski, aproximadamente 30% desses recursos serão destinados a investimentos em infraestrutura e 70% serão aplicados na modernização e ampliação do sistema agroindustrial do setor. “Hoje as cooperativas têm 30% do parque agroindustrial do estado. Queremos aumentar essa participação para 50% até 2015”, disse.
Os R$ 223,7 milhões representam 20% dos investimentos previstos pelo setor cooperativista paranaense em 2010, que, segundo Kolovski, devem somar R$ 1,1 bilhão.
O presidente da Copacol, Valter Pitol, considera que, apesar da crise, 2009 foi um “ano razoável” e relata a cooperativa de Cafelândia planeja investimentos totais de R$ 95 milhões em 2010. Ontem, fechou contrato para R$ 54,5 milhões com o BNDE. A maior parte dos recursos será aplicada na construção de uma esmagadora de soja com capacidade para 1,8 mil ton/dia.
“Este é um momento muito importante para o BRDE, até histórico para nós, pois concentramos num dia só o repasse de um volume considerável de recursos que, para as cooperativas, representam um oxigênio em suas operações futuras. São recursos de longo prazo do BNDES, operados pelo BRDE, que vão estimular ainda mais a agricultura e a agroindústria do Paraná”, afirmou o diretor presidente do BRDE, Airton Carlos Pissetti.
Segundo ele, o repasse de recursos do BRDE para as cooperativas, que somou R$ 200 milhões em 2002, saltou para R$ 570 milhões no ano passado e deve ultrapassar essa marca em 2010.