O mercado de suínos apresentou poucas alterações na última semana do mês de maio. A tendência é a manutenção dos preços para os próximos dias com grandes possibilidades para aumento na cotação a partir da segunda quinzena de junho. A expectativa dos produtores e também das associações é que as baixas temperaturas que devem permanecer ao longo desses dias em grande parte do Brasil ampliem o consumo da carne suína.
Santa Catarina deverá manter o valor de comercialização do quilo do suíno vivo entre R$ 2,25 a R$ 2,30, segundo informações da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS). O mesmo cenário se repete em Minas Gerais, em que o mercado está bastante ajustado, sendo a oferta compatível com a demanda. Segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), os produtores comercializaram o quilo do suíno vivo a R$ 2,80, preço que deve ser mantido nesta primeira semana do mês.
No Rio Grande do Sul também houve acomodação nos preços. Segundo a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) o quilo do suíno vivo foi comercializado a R$ 2,30. A entidade espera que as baixas temperaturas que vem se aproximando do estado colaborem para o aumento de consumo nessa época do ano. Para o produtor da região norte do estado, Mário Gobbi, os suinocultores não tem conseguido ampliar as vendas, que tem apresentado queda nos últimos dias e a margem de lucro diminuído.
Já o estado de São Paulo registrou nesta segunda-feira a comercialização de 12.485 animais, com preços que variaram entre R$ 49 e R$ 51 a arroba, nas condições de Bolsa, e R$ 52 no Mercado Regional, segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS). As cotações tem se mantido no mesmo patamar durante todo o mês de maio, ainda que tenha apresentado pequenas quedas. As vendas de carcaças suínas in natura para o comércio de São Paulo, nesta última semana, esteve abaixo do esperado pelos frigoríficos que contavam com a antecipação de negócios estimuladas pelo feriado, pelo início do mês, e, principalmente, pelo clima frio, o qual favorece o consumo de carne suína.
Declarações
Nossa expectativa é que a aproximação das baixas temperaturas haja maior estímulo de consumo e o catarinense compre mais carne suína. A perspectiva é que os preços venham melhorar a partir da segunda semana do mês de junho.
Losivânio de Lorenzi, vice-presidente da ACCS
A situação atual do Rio Grande do Sul parece repetir na maioria dos estados brasileiros. Essa estabilidade nos preços não era esperada pelo produtor, já que o mês de abril apresentou valores considerados bons para época do ano e a expectativa era que esses meses de inverno apresentassem valores ainda melhores.
Valdeci Folador, presidente da Acsurs
O mercado está estável essa semana com os produtores vendendo o quilo do suíno vivo a R$ 2,20 em média. Porém há grande pressão dos frigoríficos para abaixar o preço de comercialização. Esperamos que essa semana haja uma ampliação do consumo para que o suinocultor não precise baixar seu preço novamente.
Custódio Rodriguez de Castro Jr., secretário-executivo da Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat)