Redação (18/02/2009) – Aproximadamente 310 dos 2.400 trabalhadores na indústria Sertanejo Alimentos (Frango Sertanejo), instalada na região de São José do Rio Preto (SP), que foram demitidos a partir do dia 9 de janeiro deste ano, estão sem receber as verbas rescisórias. A empresa marcou com os trabalhadores para fazer homologação no dia 16 de janeiro na subsede do sindicato na cidade de Guapiaçu.
“ Mas ninguém apareceu para pagar os demitidos.Depois de muitas tentativas, conseguimos falar com o advogado Aibes Alberto da Silva, de Rio Verde-GO”, declarou Eurides Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Rio Preto.
Os trabalhadores fizeram protestos em frente a empresa nos dias 16 de janeiro e 12 e 16 de fevereiro, mas até agora não receberam as verbas rescisórias.
Melquíades Araújo, presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação do Estado de São Paulo, disse que a prática empresarial deste grupo é estranha. “O Grupo Arantes Alimentos está em recuperação judicial e adquiriu a indústria Frango Sertanejo há menos de um ano. Mais estranho ainda é que não indica nenhum diretor responsável para negociar com os trabalhadores. Aparece apenas um advogado, quando aparece. A empresa está usando a crise para demitir trabalhadores”, afirmou.
O Sindicato da Indústria do Frios do Estado de São Paulo (patronal) informou que o grupo foi associado da entidade entre 1993 e 94, quando atuava no mercado de bois. Depois foi para Goiás.
De acordo com o processo no º 4/2009, que tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso requereram a recuperação judicial as seguintes empresas do grupo Arantes Alimentos Ltda: Olcav Indústria e Comércio de Carnes Ltda; Frigorífico Vale do Guaporé S/A; Industrial de Alimentos Cheyenne Ltda; Prisma Participações e Empreendimentos Ltda; Fiano Administração de Bens Ltda, Pádua Diniz Alimentos Ltda; Agropecuária FBH Ltda; JJB Indústria e Comércio de Carnes Ltda e, Sertanejo Alimentos S/A.