Redação (23/03/2009) – A companhia encerrou o ano com faturamento bruto de R$ 7,5 bilhões, um crescimento de 27% em relação ao ano de 2007, já considerando os resultados da Vigor consolidados, pro-forma, durante todo o exercício de 2007. A margem Ebitda (lucro antes dos impostos, amortizações, depreciações e resultados financeiros) ficou em 10,3%, correspondente a R$ 694,5 milhões. No ano, a divisão carnes representou 68% da receita líquida.
No último trimestre, a receita operacional líquida atingiu o patamar recorde de R$ 1,8 bilhão – o maior de sua história – com crescimento de 40,5% em relação ao quarto trimestre do ano anterior. O Ebitda alcançou R$ 271,3 milhões – 44% superior ao obtido no 4T07 e 173% maior que o 3T08. Além disso, a estrutura de capital da Bertin foi otimizada com a injeção de R$ 700 milhões pelo BNDESPAR e R$ 200 milhões adicionais capitalizados pelo acionista controlador. Com essa última capitalização, o BNDESPAR subscreveu os R$ 2,5 bilhões acordados e passou a deter 26,9% do capital da Bertin.
A consolidação do plano de diversificação na cadeia de proteínas e derivados também foi determinante para o fortalecimento da companhia. A integração da Vigor agregou expertise e propiciou a criação da área de produtos de consumo, responsável pela gestão e comercialização de produtos, com marcas de lácteos, carnes e outras proteínas, desenvolvidos e dirigidos ao varejo e ao food service. Além disso, já estão sendo integradas as áreas comercial, operacional, TI, de suprimentos e de distribuição, definindo os macroprocessos que prevalecerão na Bertin e na Vigor e apurando os ganhos de sinergia.
Os resultados alcançados permitem à Bertin seguir com os projetos – já em andamento – de expansão da capacidade produtiva e melhorias em suas plantas. Em 2008, o montante investido totalizou R$ 997 milhões, dos quais 53% em aquisições. O número de cabeças abatidas alcançou 2,57 milhões, 34% superior ao número de 2007, que foi de 1,92 milhão.
A estratégia para vendas externas desde o início de 2008 foi ampliar o número de países atendidos, dadas as restrições sanitárias impostas ao Brasil pela União Européia, onde a empresa possui presença marcante. A companhia ainda buscou expandir sua atuação no segmento de produtos industrializados, ampliando sua liderança na exportação desses produtos.
Em 2008, também foi reestruturada a operação de vendas e distribuição para um rápido crescimento no mercado interno, ocupando o espaço deixado pela redução do abate de outros frigoríficos, alcançando um equilíbrio entre vendas internas e externas no segmento de carnes. A opção estratégica, no mercado interno, foi a de ampliação da distribuição numérica de clientes, atendendo todas as regiões geográficas do país.
O exercício foi finalizado com as metas alinhadas para o próximo ciclo. O planejamento estratégico 2009/2013, elaborado com objetivo de preservar e evoluir os diferenciais competitivos, alia rentabilidade, qualidade e gestão a uma agenda positiva de aperfeiçoamento de todos os processos, incluindo os aspectos ambientais e sociais.
Mesmo diante de um cenário marcado pela crise econômica mundial, a Bertin abre o ano de 2009 preparada e estruturada para um crescimento em bases sólidas. O foco está na execução do plano de negócios e no aumento da eficiência operacional, ao mesmo tempo em que o processo de enriquecimento do mix de produtos e marcas será aprofundado para ampliação da atuação da Bertin em novos segmentos do mercado interno.
Os colaboradores e a alta administração da Bertin estão cientes dos desafios e de seu potencial, empenhados em fazer com que a companhia seja reconhecida como um player global, de excelência, inovadora e comprometida com o desenvolvimento das pessoas, dos negócios e da sociedade.