Redação (23/03/2009)- A Sadia S.A. inaugura hoje sua primeira unidade no Nordeste, localizada no município de Vitória de Santo Antão, a 50 quilômetros de Recife. O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o Presidente do Conselho da empresa, Luiz Fernando Furlan, participam do evento de inauguração da primeira fábrica do setor de carnes do Brasil a neutralizar 100% das emissões de carbono. O projeto, que teve investimento da ordem de R$ 300 milhões, prevê a criação 1,5 mil empregos diretos e cerca de 4 mil indiretos quando a fábrica estiver em pleno funcionamento.
A fábrica de Vitória de Santo Antão produzirá embutidos, como mortadela, apresuntado, salsicha, linguiça cozida e lanche. A unidade tem capacidade para produzir 147 mil toneladas/ano e deverá gerar uma receita adicional à empresa da ordem de R$ 390 milhões por ano. O projeto prevê ainda um novo centro de distribuição de 16,5 mil metros quadrados. Hoje, a companhia já mantém em Recife um CD que abastece todos os estados do Nordeste, com exceção de Bahia e Sergipe, e emprega 300 funcionários diretos.
O empreendimento de Vitória de Santo Antão faz parte de um antigo projeto da companhia de instalar uma unidade fabril no Nordeste. “Estamos dando um passo muito importante ao instalar essa nova fábrica em uma região de extrema importância para os nossos negócios. Estudos mostram que o Nordeste é onde o potencial de consumo mais cresce no país. No ano passado, a região teve um aumento de 25,4% em relação a 2007 e passou a região Sul, ficando em segundo lugar no ranking do consumo nacional, atrás apenas do Sudeste”, afirma Luiz Fernando Furlan, Presidente do Conselho de Administração da Sadia. De acordo com relatório do Datamétrica divulgado no início do mês, Pernambuco é o Estado que mais deve crescer em 2009 com um aumento de 4,29% no PIB.
A nova fábrica contará com avançados processos tecnológicos relacionados à sustentabilidade, considerando a preservação do meio ambiente, das comunidades e de todas as partes interessadas que estão sob a área de influência do empreendimento. “Estou pessoalmente muito contente de inaugurar uma unidade que deverá ser referência no mercado no que diz respeito à sustentabilidade”, diz Luiz Fernando Furlan.
Para treinamento e qualificação gratuita de mão de obra de funcionários, a Sadia criou na região a escola Saber Sadia. O projeto, que foi implementado por meio de parceria com o governo estadual, a prefeitura de Vitória de Santo Antão, SENAI e outras entidades, tem como finalidade elevar o nível de capacitação profissional da população, permitindo o acesso destas pessoas às vagas que serão criadas pela Sadia ou por outras empresas que venham a se instalar no município. Cerca de 1040 pessoas já passaram pela escola.
Referência em sustentabilidade – A Sadia quer transformar a sua fábrica de Pernambuco, a primeira da empresa na região Nordeste, em modelo para o mercado no que diz respeito à sustentabilidade do negócio e à preocupação com o meio ambiente e a comunidade.
A unidade de Vitória de Santo Antão será a primeira do País no setor de carnes a mitigar 100% dos gases de efeito estufa emitidos durante a construção da fábrica e a partir da sua entrada em funcionamento. Entre as principais fontes responsáveis por essas emissões estão a geração de vapor (que será abastecida por gás natural), o consumo de energia elétrica, o transporte de cargas e o deslocamento de funcionários.
Para mitigar as emissões, a Sadia está implementando um grande projeto de aflorestamento na região, por meio do plantio de árvores nativas em uma área de 1,2 mil hectares. A recomposição de florestas está sendo feita principalmente em áreas degradadas, como nascentes de rios que abastecem a região, que foram definidas entre a companhia, órgãos públicos da área ambiental e entidades civis relacionadas ao tema. Até o momento a Sadia já recuperou 5km da mata ciliar das margens do Rio Tapacurá, que é uma das áreas que faz parte do projeto de aflorestamento.
A Sadia pretende ainda envolver toda a comunidade atingida pelas ações de aflorestamento, por meio de ações de conscientização ambiental em cada localidade. Para cada região que receber o plantio de árvores nativas, a companhia vai promover ações de educação ambiental nas escolas, a fim de conscientizar as futuras gerações sobre a importância da preservação do meio ambiente na região em que eles vivem. Para o plantio das árvores, a Sadia está iniciando uma parceria com o Programa Chapéu de Palha e vai absorver a mão de obra dos cortadores de cana durante o período de entressafra. Para coleta de sementes e produção de mudas, a Sadia assinou protocolo de intenções com a Universidade Federal Rural de Pernambuco. O acordo também contempla apoio à pesquisa científica e à educação ambiental com crianças do ensino fundamental.
O projeto conta ainda com uma série de iniciativas que visam reduzir o impacto da atuação da fábrica sobre o meio ambiente. A unidade terá uma estação de tratamento de efluentes com capacidade equivalente à de uma estação de tratamento de resíduos gerados por um município com 25 mil habitantes.
Além disso, a unidade terá três lagoas com capacidade para armazenar 300 mil m3 de água, volume equivalente ao consumo de um ano. O objetivo é captar a água da chuva, que será posteriormente tratada. Uma dessas lagoas será destinada a captar água para reuso de 40% da água consumida pela unidade. Os efluentes líquidos serão tratados e posteriormente a água será reutilizada em atividades não-produtivas, como irrigação ou limpeza de veículos. A fábrica fará ainda o aproveitamento máximo da luz solar para iluminação natural e vai instalar um projeto-piloto de energia fotovoltaica para iluminação noturna.