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Perdigão supera R$ 13 bilhões em faturamento

Performance das vendas e novos negócios sustentam o bom desempenho operacional da empresa.

Redação (24/03/2009) – Em ano desafiante, Perdigão assume a liderança do setor de alimentos no Brasil, termina o exercício com bom desempenho operacional e completa  absorção de novos negócios, reforçando sua sólida posição financeira.

O faturamento bruto da Perdigão em 2008 alcançou R$ 13,2 bilhões. O valor representa um crescimento de 69% na comparação com o ano anterior.  Esse resultado foi proporcionado pelo bom desempenho nos mercados interno e externo, que registraram aumento de vendas tanto em volumes quanto em receitas, aliado à consolidação dos negócios adquiridos pela companhia.

No período, o lucro bruto somou a R$ 2,8 bilhões, elevação de 47% ante o exercício de 2007. Com uma gestão eficaz no controle de custos, que abrandou os aumentos expressivos das principais matérias-primas, a redução de despesas e a melhoria do mix de produtos, garantindo participação de 48,7% dos processados no total das vendas, foi possível gerar um EBITDA de R$ 1,2 bilhão, montante 44,4% maior que no ano anterior.

O lucro líquido no ano, no valor de R$ 54,4 milhões, foi 83% inferior a 2007, devido ao impacto cambial nas despesas financeiras, sem efeito caixa, à parcela de ágio contabilizada no ano, em conseqüência das aquisições, e aos efeitos de ajustes e otimização de produção. Desconsiderando a parcela amortizada do ágio, o resultado líquido seria de R$ 155 milhões no ano.

As vendas no mercado externo cresceram 58% em receitas e 34,8% em volumes totais de vendas, com destaque para a atividade de carnes, que representaram 97,3% das exportações. Oriente Médio, Extremo Oriente, Eurásia e Europa foram os principais mercados durante o período.

O mercado interno apontou elevação de 76,6% nas receitas brutas. Os volumes comercializados aumentaram em carnes (26,3%), lácteos (305,7%) e outros processados (69,6%). A participação desse mercado no total das vendas líquidas chegou a 56,3%.

Em 2008, a Perdigão concluiu um ciclo de grandes investimentos que viabilizarão o crescimento de seus negócios e sua rentabilidade nos próximos anos. O montante aplicado representou aumento de 179,4% ante o exercício de 2007. Do total de R$ 2,4 bilhões, R$ 1,8 bilhão foi investido nas aquisições da Eleva, Plusfood e Cotochés.

Os restantes R$ 628,4 milhões foram aplicados em ampliação e modernização de linhas em várias unidades da empresa e novos projetos, entre os quais destacam-se a construção do Centro de Distribuição do Embu (SP) e da planta de lácteos do complexo agroindustrial de Bom Conselho (PE).

Mercado Externo

As vendas de carnes no mercado externo cresceram 54% em receitas e 32,9% em volumes em relação ao exercício de 2007. O aumento de volumes de processados comercializados nesta atividade chegou a 25,5% percentual este que consolida o desempenho da Plusfood.

Em lácteos, as receitas com exportação atingiram R$ 127,8 milhões. Foram embarcadas 15,8 mil toneladas de produtos, que incluíram basicamente leite em pó, queijos e manteigas. Os processados representaram 22% das vendas internacionais, um crescimento de 38,8% em receitas e 27,4% em volumes.

A empresa vem realizando ajustes com o objetivo de compensar parcialmente a pressão de margens, ocasionada pelo aumento desproporcional nos custos das principais matérias-primas frente ao ano anterior. A elevação dos preços médios em 2008 alcançou 24,7% em dólares- FOB (Free on Board). Já em reais, os preços médios de carnes subiram 16%, considerando que o Real se apreciou  em relação ao dólar, na média do ano contra o ano anterior. O custo médio de produção ficou 18,7% acima do patamar verificado em 2007.

Mercado Interno

O faturamento da Perdigão no mercado interno totalizou R$ 8 bilhões, dos quais 52,4% vieram da atividade de carnes. Os produtos elaborados/processados de carnes cresceram 11,3% em volumes.

Já os produtos in-natura registraram aumento de 142,5% em receitas e 169,6% em volumes. A maior participação de aves e suínos nas vendas da  empresa, devido à incorporação da Eleva, provocou a compressão de margens, em razão do elevado custo de produção influenciado pelos custos das principais matérias-primas.

Os produtos lácteos participaram com 34,6% nas vendas do mercado interno, registrando crescimento de 237,4% em receitas. Nessa atividade, os processados apontaram incremento de 89,5% e 64,5%, respectivamente em receitas e em volumes.

A comercialização de leites, levando-se em conta o longa vida (UHT), o pasteurizado e o leite em pó, cresceu 590% em volumes em conseqüência da absorção da Eleva e da Cotochés.

A Perdigão fechou o ano com os seguintes percentuais de participação de mercado: industrializados carnes – 25,7%; congelados carnes – 35,5%; pizzas congeladas – 34,5%; pratos prontos/massas – 37,4%; processados lácteos – 14%; margarinas – 18%.

No 4° trimestre, o melhor resultado operacional do ano

Com um faturamento bruto 57% superior em relação ao mesmo período do exercício anterior, a Perdigão registrou no quarto trimestre de 2008 o melhor resultado operacional do ano. O EBITDA apontou um crescimento de 93%, alcançando margem de 15,2% ante os 12,5% registrados em 2007.

Em volumes, as vendas totais da companhia cresceram 56,8% entre outubro e dezembro do ano passado. No mercado interno, as vendas foram 60,8% superiores – incremento de 16,9% em carnes e de 321,8% em lácteos – e as receitas ficaram acima de R$ 2 bilhões.

O desempenho do trimestre foi positivo no mercado externo, especialmente se forem considerados a queda internacional de preços e as questões portuárias, em conseqüência das enchentes que castigaram os portos catarinenses. As exportações tiveram aumento de 51% em receitas no período.

O resultado líquido ficou negativo em R$ 20 milhões, em razão das absorções de parcela do ágio referente a aquisições, do impacto cambial nas despesas financeiras (R$ 318 milhões, sem efeito caixa) e de ajustamentos no processo produtivo, visando a otimização, redução de custos e do nível de estoques destinados ao mercado externo. Desconsiderando a parcela amortizada do ágio, o resultado líquido seria de R$ 8 milhões no último trimestre.