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Governo fixa preço de referência para liberar crédito para suinocultura

De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o lançamento da Linha Especial de Crédito (LEC) define para pagamento do quilo do suíno vivo. Valor será de R$ 1,80.

Redação (25/03/2009)- O Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, revelou ontem em reunião com a Presidência da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que o governo vai lançar nos próximos dias uma Linha Especial de Crédito para a suinocultura (LEC), para financiar a estocagem de carcaças e produtos. À semelhança do regime de Preços Mínimos, os recursos daquela linha de crédito somente serão liberados para a indústria depois da confirmação do pagamento de um piso de R$1,80 para o quilo do suíno vivo. O anúncio foi feito, ontem, em Brasília, pelo Ministro, diante de lideranças do setor, em audiência inicialmente solicitada pelo Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Rubens Valentini.

“O governo admitir um preço de referência de R$1,80 para o suíno vivo é uma grande vitória dos suinocultores”, disse Valentini, sem deixar de ressaltar que esse piso “ainda abaixo das reais necessidades do setor”. Para Rubens, “não devemos esmorecer no sentido de continuar a luta para incluir a carne suína de uma vez por todas na PGPM” – Política de Garantia de Preços Mínimos. Nesse sentido, o Presidente da ABCS está em articulação com os Presidentes das Associações Regionais de Produtores e lideranças do segmento com o objetivo de levar esse pleito diretamente aos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, com apoio dos representantes políticos dos respectivos estados.

 
Para a ABCS, a inserção da carne suína na PGPM “garante a construção de bases operacionais sustentáveis para a atividade no Brasil e a manutenção de uma relação mais saudável entre o preço da matéria prima (suíno) e o preço dos produtos industrializados”, concluiu o Presidente.

Participaram da audiência de ontem, além dos representantes da ABCS, o Presidente da ABIPECS, Pedro Camargo Neto, e os Secretários de Agricultura do Rio Grande do Sul, João Carlos Machado; do Mato Grosso, Neldo Egon Weirch. Na mesma reunião, como sempre faz nos contatos com o Governo, o Presidente da ABCS chamou a atenção para importância do mercado doméstico. “Precisamos caminhar na direção de soluções definitivas, capazes de promover um desenvolvimento estruturado do setor”, disse Rubens, acrescentando que “o aumento de apenas um quilo de carne suína no consumo per capita dos brasileiros corresponde a um terço das exportações do país”.

O Presidente da ABCS lembrou ao Ministro da solicitação que havia feito em reunião anterior para que o Ministério atentasse para o considerável aumento da diferença entre preço pago ao produtor e o preço comercializado pelos varejistas. Reinhold Stephanes informou que manteve entendimentos com o setor e que já é possível constatar redução generaliza nos preços praticados pelo varejo.