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Exportação

Paraná quer reatar exportação de suínos com a UE

Paraná está antecipando medidas para se habilitar vendas de carne suína para a UE.

Fora do grande mercado de exportação de carne suína desde outubro de 2005, quando houve a suspeita de focos de febre aftosa no seu rebanho bovino, o Paraná está antecipando medidas para se habilitar a vender para a União Europeia. No segundo semestre deste ano uma missão da UE visitará estados produtores de carne suína como o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná para verificar as condições de produção. Atualmente, o estado é o terceiro maior produtor de carne suína do País e exporta menos de 10% da sua produção para Hong Kong, Uruguai e Casaquistão.

A primeira medida para atender as possíveis exigências dos visitantes será a formação de um cadastro completo da suinocultura em todo o Estado, passo fundamental para avançar na política de sanidade animal. O cadastro poderá ser acessado on-line pelo setor público e pelas indústrias que processam suínos, com controle eletrônico da movimentação do rebanho, como a origem e o destino dos animais. Para atender o mercado importador, a Secretaria da Agricultura paranaense, em parceria com o setor privado, já fez o trabalho com a pecuária bovina, quando foram cadastradas mais de 200 mil propriedades em todo o Estado e realizou o georreferenciamento da avicultura, que permite acessar on-line onde estão localizadas as granjas avícolas. Agora chegou a vez da suinocultura ter maior rastreabilidade. Em 2008, o Paraná exportou 31,4 mil toneladas de carne suína e faturou US$ 74,9 milhões, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura. Naquele ano, a produção foi de 454 mil toneladas (4,6 milhões de cabeças abatidas).

No ano passado as exportações brasileiras de carne suína diminuíram em 77 mil toneladas, ficando no patamar de 529,4 mil toneladas. Com a crise financeira internacional, por sinal, o que se registrou foi um aumento do consumo no mercado doméstico devido a maior disponibilidade interna. As receitas com as vendas ao exterior, no entanto, subiram 20%, alcançando US$ 1,48 bilhão, numa valorização de preços devido à ajustes de oferta. No primeiro bimestre de 2009, as exportações chegaram a 83.793 toneladas e renderam US$ 169,1 milhões, num crescimento de 22,5% e 5,7%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2008.