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Exportação

Chineses hesitam em liberar carne suína

Chineses não liberam o produto brasileiro, alegando que o consumo caiu com o surgimento do vírus H1N1.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou para hoje cedo sua chegada a Pequim, pelo horário chinês. A visita oficial só começará amanhã (terça-feira), às 17h, quando se encontrará com o presidente Hu Jintao. Mas antes ele encerrá um encontro empresarial. Na quarta-feira, Lula pega o avião de volta para Brasília.

A diplomacia brasileira tentava ontem contestar interpretações de que a visita foi esvaziada, em meio a mudanças no programa, sua curta duração, ministros que não apareceram e expectativa menor sobre os resultados concretos.

Um seminário sobre a economia brasileira em Shenzen foi cancelado por falta de participantes, na semana passada. Outro em Xangai, hoje, terá bem menos empresários, depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, desistiu de aparecer. De 500 previstos, até agora a expectativa é de que 100 estarão presentes.

Alguns temas da agenda brasileira – liberação da entrada da carne suína brasileira, venda de aviões da Embraer, financiamento para o BNDES – pareciam ontem ainda sem solução. A questão da carne está no topo da agenda bilateral. Os chineses importaram 400 mil toneladas em 2008, principalmente dos EUA e do Canadá. Agora, estariam reticentes em dar o sinal verde para o produto brasileiro, alegando que o consumo caiu com o surgimento do vírus H1N1.

Indagado sobre informações de que Pequim não vai liberar a entrada da carne suína brasileira, um representante do Ministério da Agricultura, Inacio Kroetz, retrucou: “Vamos ver isso amanhã (hoje).”

Quanto ao financiamento de US$ 800 milhoes do Banco de Desenvolvimento da China para o BNDES, o embaixador Clodoaldo Hugueney disse que o contrato deve ser assinado. No entanto, continuavam as negociações sobre as condições, como prazo e taxa de juro, que pareciam pouco atrativos para os brasileiros.

O Banco do Brasil vai assinar acordo de cooperação com o Banco da China. Com isso, terá mais linhas de financiamento para comércio e investimentos. Também sera fechado um contrato do Itaú com o Banco de Desenvolvimento da China, com a instituição brasileira tendo acesso a US$ 100 milhoes em linhas de crédito.