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Mercado Externo

Recuperação na origem

Após temor causado pelo surto da gripe A(H1N1), consumo de carne suína registra aumento no México.

Tido como país de origem da gripe A(H1N1), o México viu seu consumo de carne suína despencar desde abril. Porém, a tendência parece estar se revertendo e o consumo do produto voltou a subir nesta semana, segundo o secretário de Agricultura do país, Alberto Cárdenas.

Desde o fim de semana passado, os níveis de abate nos 33 matadouros Tipo Inspeção Federal (TIF), especializados em suínos, alcançaram 80% do valor registrado antes do surto gripe, como indicou a Secretaria de Agricultura (Sagarpa) em comunicado. “Se a tendência se mantiver, o México terá um excelente mês, no qual os níveis de abates do ano anterior serão recuperados e alcançados”, explicou Cárdenas. “O governo espera superar a marca de 470 mil suínos abatidos em Maio”.

O mercado suíno maxicano foi o principal atingido pelo temor de que o consumo de carne de porco pudesse ser um meio de contrair o vírus AH1N1. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou em várias ocasiões que o consumo de carne suína não representa nenhum risco à saúde e, por isso, mudou o nome incial (e errôneo) dado à doença, de gripe suína para gripe A, como forma de evitar um efeito pior na indústria mundial de produtos suínos.

O consumo anual de carne de porco no México é de 14 quilos por habitante, enquanto em países como Espanha e Alemanha a quantidade ultrapassa 60 quilos. No Brasil, o consumo chega a 13 quilos. 

Números – A indústria suinícola emprega 350 mil pessoas no México e produz 1,5 milhão de toneladas de carne por ano. O setor atinge a cifra de mais de 30 bilhões de pesos (US$ 2,255 bilhões) anuais. O país exporta aproximadamente 68 mil toneladas de carne suína, principalmente para Japão e Coreia do Sul, com um valor superior a US$ 320 milhões.

Durante a epidemia da Gripe A(H1N1), China, Equador, Bolívia, Rússia, Ucrânia, Cazaquistão, Azerbaijão e Emirados Árabes notificaram oficialmente que não comprariam carne suína do México.

Vale enfatizar que a gripe A(H1N1) não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.

– Com informações da Agência EFE.