O Ceará avançou no status de classificação para febre aftosa, ao passar de risco desconhecido para médio. A decisão foi publicada, nesta terça-feira (22), no Diário Oficial da União (DOU), por meio da Instrução Normativa N° 43. “Com isso, todo o Nordeste obteve o reconhecimento de importantes melhorias na estruturação e avaliação dos seus serviços veterinários”, ressaltou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Kroetz.
Em 2009, além do Ceará, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí obtiveram mudança no status sanitário e, juntamente com Maranhão e Pernambuco, integram a área de risco médio para a doença na região Nordeste. Sergipe e Bahia tiveram o reconhecimento restabelecido internacionalmente, em 2008, como livres de aftosa com vacinação.
No País, apenas Amazonas e Amapá permanecem no status de risco desconhecido. Neste ano, as ações de prevenção da febre aftosa foram intensificadas, também, no Amapá. Por meio da agulha oficial, 100% das vacinações da 2ª etapa foram assistidas pelo Serviço Veterinário Oficial. “Vacinamos, ainda, os suínos contra a peste suína clássica, realizamos o cadastramento das propriedades e o exame clínico dos animais”, enfatizou o coordenador-geral de Combate às Doenças, da Secretaria de Defesa Agropecuária, Guilherme Marques.
Situação – Hoje, 15 estados e o Distrito Federal estão livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Centro-Sul do Pará (44 municípios). Santa Catarina é livre de febre aftosa sem vacinação, Roraima e norte do Pará mantêm alto risco. O Amazonas tem dois municípios livres com vacinação (Boca do Acre e Guajará).
O Brasil tem 180 milhões de bovídeos na zona livre de aftosa, o que representa 89% do rebanho nacional. “A meta do Ministério da Agricultura é erradicar a aftosa do Brasil, até o fim de 2010. Isso depende de vários fatores, como vontade política, investimento do governo federal, ações dos serviços estaduais e parcerias com os produtores,” explicou Kroetz.
Neste ano, foram investidos pelo Mapa R$ 53 milhões em ações de prevenção à febre aftosa. Para 2010, a estimativa é que esse valor aumente para R$ 62,7 milhões.